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Velocidades médias inferiores a 10 km/h ‘prendem’ motoristas em SP

Avenida é uma das mais congestionadas da cidade de São Paulo André Porto/Metro

“Está atrasado? Pega a Rebouças!” Todo morador de São Paulo sabe que essa frase nunca é dita a sério. Não é para menos: segundo estudo da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a rota de trânsito que reúne as avenidas Eusébio Matoso, Rebouças e Consolação, ligando a região central a Pinheiros (zona oeste), ocupa a primeira e a terceira colocação no ranking de piores caminhos para o motorista paulistano. São 8,2 km/h de média de velocidade no sentido centro-bairro e 10,2 km/h no sentido oposto, sempre no período da tarde.

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O período vespertino, aliás, é o maior pesadelo dos motoristas. Das dez piores rotas de trânsito da cidade, oito acontecem à tarde. As integrantes da manhã deste tedioso ranking são a avenida Professor Francisco Morato, que passa – devagar, com média de 11,3 km/h – pelos bairros do Butantã (zona oeste) e Morumbi (zona sul), e a rota das avenidas Braz Leme, Rudge e Rio Branco, que liga zona norte à região central a 12,9  km/h de média. A máxima permitida nas vias é de 50 km/h.

Para a designer de interiores Juliana Gibrail, 41 anos, que se desloca quase que diariamente de Santana (zona norte) para Pinheiros, a avenida Rebouças é “sempre caótica, não importa o horário.”

Segundo a CET, os índices de lentidão em toda a cidade estão em queda consecutiva desde 2015.

Professor de engenharia de tráfego da Escola de Engenharia Mackenzie, Paulo Bacaltchuk não se anima. “Não dá para ter ilusões. Este trânsito nunca vai acabar. Você pode aumentar a oferta de transporte sobre trilhos e restringir a demanda por mais carros, mas não há jeito de reverter a situação.”

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