A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira três mandados de busca e apreensão em São Bernardo na operação Eleutheria, contra o tráfico de pessoas e o trabalho escravo.
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A ação teve o apoio do Ministério do Trabalho e da UNODC, braço da ONU (Organização das Nações Unidas) para o enfrentamento ao crime.
De acordo com a PF, um grupo de criminosos aliciava e transportava moradores do interior do Ceará para trabalhar em São Bernardo. Quando chegavam ao ABC, eles eram mantidos em alojamentos com condições degradantes e trabalhavam como ambulantes vendendo laticínios na região. Os migrantes ficavam presos ao empregador por estarem endividados com moradia e comida.
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A polícia diz que a operação teve como objetivo colher provas em três inquéritos policiais que apuram fatos independentes entre si. Os inquéritos tiveram início após compartilhamento de informações do Ministério do Trabalho com a PF sobre denúncias de condições degradantes em empresas na Grande São Paulo.
Além de São Bernardo, a operação cumpriu outros dois mandados na zona leste de São Paulo. Neste caso, grupos no ramo de costura aliciavam estrangeiros em albergues da prefeitura com promessa de trabalho formal e regular. Eles eram obrigados a assinar contratos em que assumiam dívidas quanto a sua habitação, vestuário e refeições. As jornadas de trabalho variavam de 14 até 18 horas.
Auditores do Trabalho participaram da operação para resgatar as vítimas e regularizar a situação trabalhista delas.
A Polícia Federal não forneceu informações sobre as apreensões nem o número de pessoas mantidas em condições análogas à escravidão.