Pré-candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes, João Doria diz que pretende manter “as boas gestões” do partido caso seja eleito governador de São Paulo. Entre suas ideias está recriar a Secretaria do Interior, permitindo que prefeitos, ao invés de irem até a capital “mendigar verba” – segundo suas palavras -, possam mediar suas demandas por computadores e tablets.
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Doria, que deixou a prefeitura da capital para se colocar como uma opção aos paulistas nas eleições deste ano, disse ao programa Band Eleições desta segunda-feira, 25, que reconhece o desgaste de sua atitude. “Deixamos um grande gestor [no lugar], Bruno Covas, que inclusive ajuda a diminuir esse desgaste, algo natural e compreensível [da parte do eleitor] que quer que os quatro anos de mandato sejam cumpridos. É natural.”
Apesar dos bons índices nas pesquisas de intenção de voto nas eleições presidenciais, Doria descarta fazer campanha para o Planalto. “Nosso candidato é [Geraldo] Alckmin”, pontuou. O ex-governador tucano não tem apresentado percentuais altos nas pesquisas, mas Doria acredita que o cenário possa mudar. “Ainda há tempo. Acredito que até final de julho deve ter melhoras, inclusive sobre decisões de outros partidos por uma coalização em apoio para Alckmin.”
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VÍDEO – Veja a primeira parte da entrevista
França
Sobre seu adversário na corrida estadual, o atual governador Márcio França (PSB), o ex-prefeito diz que será um concorrente duro. “Sou combativo, guerreiro, tanto que venci as eleições municipais em primeiro turno, mas não sou desleal ou faço agressões”, definiu.
Corrupção
O tucano comentou ainda os escândalos de corrupção envolvendo nomes de seu partido. Segundo Doria, tanto o PSDB quanto outros partidos políticos devem sempre responder à Justiça quando for necessário. “Quem se sente acima da lei é o PT”, atacou. “O PSDB tem que apoiar a Justiça indistintamente.”
Doria também falou sobre o desapontamento do eleitor com a política. Ele ressaltou que não se pode generalizar, «porque nem todos os políticos são corruptos», mas voltou a afastar o rótulo de político, dizendo que é apenas um “gestor da política”.
“Se me enxergam de outra maneira, eu respeito, mas não quero fazer carreirismo na política. Isso não é uma crítica aos políticos, apenas compreendo que a melhor posição é aquela que soma o gestor com a política.”
VÍDEO – Veja a segunda parte da entrevista
Viagens
No período que ocupou o cargo de prefeito por São Paulo, Doria fez dezenas de viagens e, em algumas ocasiões, “exagerou” na dose. “Ainda que algumas [das viagens] foram rápidas e sem uso de dinheiro público, é preciso ter humildade quando erramos. Do bom aprendizado se tira boas lições para não repetir o erro”, observou. Doria, porém, também justificou. “Fiz excursões ao exterior com o objetivo de trazer investimentos para o programa de desestatização da cidade de São Paulo.”
Band Eleições
O programa semanal foi exibido nesta segunda-feira, à 00h25, e apresentado pelo jornalista Rafael Colombo. Para entrevistar o convidado, a bancada contou com as participações dos jornalistas Fábio Pannunzio e Fernando Mitre. O Band Eleições será reprisado às terças-feiras no BandNews TV e na Rádio Bandeirantes.