Em entrevista ao jornal americano «Sun Sentinel», a família que morava com Nikolas Cruz afirmou que não desconfiava do comportamento violento dele. Na última quarta-feira (14), Cruz assassinou 17 pessoas na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na Flórida (EUA).
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O rapaz, de 19 anos, estava morando com os pais de um amigo, o casal James e Kimberly Snead, após a mãe morrer de pneumonia em novembro do ano passado. Contudo, para o casal, ele sempre pareceu uma pessoa comum, ingênua até. «Não vimos este lado dele», afirmou a enfermeira Kimberly Snead ao Sun Sentinel. Ela chegou a levar o garoto ao psicólogo cinco dias antes do tiroteio, para auxiliar no processo de luto dele.
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Ainda segundo o jornal, os Snead disseram que Cruz não sabia fazer tarefas básicas de casa, como recolher suas coisas ou utilizar um micro-ondas. Tinha vontade de ter uma namorada, mas ainda estava muito abalado pela morte da mãe. «Era muito ingênuo. Não era estúpido, apenas ingênuo», disse James Snead.
Após o ataque, a polícia começou investigar a vida de Cruz e descobriu que ele já postava conteúdo violento na internet. Segundo o Sun Sentinel, colegas de classe dizem que o rapaz era obcecado por armas e postava várias fotos nas redes sociais com elas. James e Kimberly chegaram a conversar com Nikolas na delegacia. «Ele disse que sentia muito. Pediu desculpas. Ele parecia perdido, absolutamente perdido. E foi a última vez que o vimos», lembrou James Snead.