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Marcola fornecia informações à polícia para atingir rivais, diz procurador

O promotor de Justiça Márcio Christino, que durante anos atuou contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) e ajudou na condenação de vários líderes do grupo, resolveu contar em um livro todos os bastidores de como a organização criminosa cresceu e se transformou no que é hoje.

Em Laços de Sangue, Christino faz uma revelação: Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola – apontado como líder do grupo, trabalhou durante anos como informante da polícia para que desafetos e até amigos dentro da facção fossem presos.

“Parte das razões que o levaram a isso foi fruto do próprio conflito interno que existia dentro do PCC. E o objetivo era exatamente ascender dentro da organização; era, portanto, seu interesse isolar outros líderes”, explica o promotor.

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Levantamentos feitos pelo Governo Federal demonstram que a organização criminosa é a que mais cresce no Brasil e também em alguns países vizinhos. O PCC domina o tráfico em vários Estados e atua no Paraguai, Bolívia e Peru, países de onde vem a maior parte das drogas, além de ser responsável pelo envio de cocaína à Europa e parte da Ásia.

Diante do crescimento da facção, o governo pretende formar uma força-tarefa nacional para combater o grupo.

Em recente audiência na Justiça de São Paulo, Marcola negou mais uma vez ser o líder da facção criminosa, e ainda pediu para ser transferido para um presídio dominado por uma facção rival.

“Não tenho nenhuma preocupação. Inclusive eu gostaria muito que esse juiz que está presidindo essa audiência me ajudasse a ‘eu ir’ para essa cadeia de oposição, que eles dizem, para que eu mostrasse que… Como é que eu posso ser líder se eu posso estar convivendo em uma cadeia dessa?”, disse.

Apesar da bravata, Marcola é apontado pela polícia e pelo Ministério Público como o chefão PCC. Ele já foi condenado pela justiça a quase 300 anos de prisão por vários crimes.

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