Já não é mais uma certeza oficial que a linha 5-Lilás do Metrô vai ter seis estações entregues até o final deste ano, como o governo do Estado vem anunciando desde ao menos fevereiro.
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Nota oficial do Metrô falando da entrega da Galeria Borba Gato, um centro comercial próximo à estação Adolfo Pinheiro, informou que “a meta é concluir o trecho com as estações Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin nos próximos meses”. Ou seja, sem fixar dezembro como prazo de inauguração, como vinha sendo feito até então.
A estação Campo Belo, no meio da linha, que vinha sendo prometida para o primeiro semestre do ano que vem, tem agora, segundo essa nota oficial, “expectativa de conclusão em 2018”.
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Indagada se a nota mostrava já um adiamento da entrega das sete estações, a STM (Secretaria de Transportes Metropolitanos) informou que “está trabalhando fortemente para que a meta de dezembro seja cumprida, cobrando os construtores”.
O Metro Jornal esteve ontem nas obras da estação Moema, na avenida Ibirapuera (zona sul) e constatou que ela está em andamento, mas ainda com muito barro e faltando acabamentos.
Quando pronta, a linha 5-Lilás deve atender a 800 mil passageiros por dia e ter 20 km percorrendo a zona sul, ligando o Capão Redondo à Chácara Klabin, interligando-se com as linhas 1-Azul e 2-Verde –e a 17-Ouro-Monotrilho quando ela estiver em operação.
A linha vai passar por nove hospitais públicos e privados, entre eles o do Servidor Público Estadual, São Paulo e Alvorada.
Histórico de atrasos
A primeira previsão era entregar a linha lilás em 2014. Porém, na licitação para suas obras houve suspeita de conluio e o processo foi paralisado. Depois, ela foi para 2015.
Em junho do ano passado, a estação Adolfo Pinheiro entrou em atividade –a primeira do prolongamento da linha, que desde 2011 atuava entre Capão Redondo e Largo 13.
Em fevereiro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu que as estações Alto da Boa Vista, Brooklin e Borba Gato seriam abertas em julho. O prazo foi estendido para agosto, mas só na primeira semana de setembro elas começaram a funcionar –em operação assistida, das 10h às 15h. Esse tipo de operação é comum na abertura de novas estações, para testar o funcionamento da linha ampliada
Em setembro, a secretaria explicou, em nota, alguns fatores que influíram nesses atrasos.
Um deles foi a preservação de peças de interesse histórico encontrados durante a escavação, como antigos trilhos do bonde que ligava a região de Santo Amaro à Sé e outros indícios de ocupações históricas –foi necessária a contratação de empresa para o resgate arqueológico das peças.
Em Adolfo Pinheiro foi preciso executar a substituição de uma adutora da Sabesp, localizada na mesma área de escavação para a construção da estação.
Ainda de acordo com a pasta, a necessidade de reforço na estrutura para a proteção da Igreja Nossa Senhora Aparecida de Moema.