Considerado um dos homens mais poderosos da China e do mundo, Xi Jinping, 64 anos, foi confirmado ontem pelo Partido Comunista Chinês no comando do país por mais cinco anos. Foram apresentados também cinco novos nomes do Comitê Permanente do Politburo, órgão que constitui a cúpula da liderança do partido e do país. Além de Xi e do primeiro-ministro, Li Keqiang, que seguem no órgão, os novos integrantes são Li Zhanshu, Wang Yang, Wang Huning, Zhao Leji e Han Zheng.
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Ao contrário de outras edições do Congresso do Partido Comunista Chinês, realizado a cada cinco anos para definição das lideranças, não houve indicação clara de quem será o sucessor de Xi após 2022. A indefinição pode sugerir que o presidente tem intenção de ficar mais tempo no poder.
“Assumo minha reeleição não somente como uma aprovação do meu trabalho, mas também como estímulo para seguir avançando”, disse Xi Jinping em discurso transmitido pela televisão logo após o anúncio.
O presidente já havia mostrado poder, quando seu nome e pensamento político foram incorporados à Constituição chinesa. A inclusão o coloca ao lado de dois grandes líderes da história do país: o fundador da China moderna, Mao Tsé-tung, e Deng Xiaoping, autor de reformas na década de 1970 que transformaram o país em uma potência.
Entre as novas emendas à Constituição de autoria de Xi está o combate à corrupção, marca do primeiro governo do presidente, que teve início em 2012. Cerca de 1,3 milhão de funcionários públicos foram punidos por ele.
No começo do mês, o líder chinês foi apontado pela revista britânica “The Economist” como o homem mais poderoso do mundo, com mais influência do que o presidente norte-americano, Donald Trump.
