A cidade de São Paulo vive um surto de hepatite A. De janeiro até o dia 9 de setembro, a Vigilância Sanitária registrou 483 casos da doença, ante 54 no mesmo período do ano passado.
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O pico de casos foi em julho, mas o vírus, que ataca o fígado, está circulando na cidade. A doença é transmitida por água ou alimentos contaminados ou contato com fezes (veja quadro).
Segundo Geraldine Madalosso, médica epidemiologista da equipe de doenças transmitidas por alimentos da Secretaria Municipal da Saúde, o aumento foi detectado a partir de abril e as causas começaram a ser apuradas.
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“Entre os casos investigados, 43% relataram como fonte provável a via sexual desprotegida, com sexo oral e anal”, disse Geraldine.
Dos pacientes que tiveram a doença neste ano, de acordo com Geraldine, 87% são do sexo masculino e 80% têm entre 18 e 39 anos.
Uma característica positiva da hepatite A é que ela é considerada “benigna”. “Em adultos, ela se manifesta de maneira aguda, mas não crônica, como as do tipo B e C, que dão outras complicações ao paciente”, disse Geraldine.
Existe vacina contra a hepatite A. Feita de vírus inativado, ela está disponível no SUS para crianças entre 1 e 2 anos e pessoas com vírus HIV. Mas pode ser tomada por qualquer pessoa na rede particular. As doses variam de R$ 70 (infantil) a R$ 162 (adulto), dependendo da clínica.