O pagamento da tarifa de ônibus com dinheiro está com os dias contados em Campinas. A partir de sábado, começa a funcionar na cidade o pagamento por meio do QR Code – que funciona como uma espécie de código de barras. A novidade deve barrar definitivamente o dinheiro em 90 dias, segundo a Emdec – empresa que gerencia o trânsito em Campinas.
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O pagamento com QR Code é direcionado principalmente para usuários do sistema que não utilizam o transporte público com frequência, ou porque têm outra alternativa de viagem ou por não morarem em Campinas, por exemplo. Esse usuário poderá comprar o bilhete em 300 pontos disponíveis na cidade – entre bancas, mercados, lotéricas entre outros – pelo valor de R$ 4,50, e ele terá validade por 30 dias. De posse do bilhete, que será parecido com um comprovante de máquinas de débito, o usuário irá passá-lo em um leitor dentro do veículo para passar na catraca. Segundo a Emdec, a medida visa dar mais segurança aos motoristas e ao usuários contra roubos.
No caso do uso frequente do sistema de transporte, o cartão do BU (Bilhete Único) continua sendo a melhor alternativa, já que oferece um preço menor da passagem (R$ 4,20) e a possibilidade de integração de viagens – disponível apenas no cartão.
Segundo a Emdec, 90% dos usuários já utilizam cartões nos coletivos. O dinheiro é alternativa para 10% dos usuários. O sistema transporta 220 mil pessoas por dia útil.
Aplicativo
Além da venda em pontos disponibilizados – que também terão possibilidade para recarga dos cartões – a Secretaria de Transportes prepara um aplicativo para a compra dos bilhetes em QR Code. Por meio dele, o usuário fará um cadastro e comprará a passagem, que ficará armazenada no celular. Quando for utilizar o ônibus, bastará colocar o celular no leitor de código, com a foto à mostra para liberar a passagem pela catraca. A Emdec ainda não tem data para a liberação do app, que estará disponível para Android e iOS. Segundo a Transurc – que responde pelas empresas concessionadas –, o investimento para equipar os ônibus com a tecnologia foi de R$ 1,5 mil por veículo.
No total, 1.250 veículos estão equipados com a tecnologia, distribuídos em 20 linhas que rodam o município. Em janeiro, os primeiros testes foram feitos em Sousas e Joaquim Egídio, com 25 veículos de oito linhas antes de serem implementados em todos os ônibus da frota.
