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Jacarezinho, no Rio de Janeiro, vive novo dia de guerra

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Um homem identificado como “Tião” e aparentando ter 50 anos foi morto por bala perdida, nesta terça-feira, no quinto dia de tiroteio intenso na comunidade do Jacarezinho, na zona norte do Rio. O clima é de guerra. Moradores  da região postaram vídeos, fotos e depoimentos nas redes sociais contando o drama de estar no meio do fogo cruzado. Muitos ficaram sem poder chegar em casa, sair do trabalho e de escolas por conta do confronto entre policiais e traficantes.

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Mais de 2.290 alunos da rede municipal do entorno ficaram sem aulas. O posto de saúde da comunidade foi fechado e, por questões de segurança, os trens do ramal Belford Roxo circularam somente até Del Castilho. Os confrontos começaram na sexta-feira, quando o policial civil Bruno Buhler foi assassinado durante a ação da CORE (Coordenadoria de Recursos Especiais) no local.

Ontem, além de Tião, Ana Carolina Pereira dos Santos, 30 anos, foi baleada de raspão no rosto e encaminhada para o Hospital Geral de Bonsucesso.

Nas redes sociais, a página colaborativa “Onde tem tiroteio” já registra mais de 650 confrontos apenas nos seis primeiros meses deste ano no Rio. Um vídeo mostrou ontem um blindado da CORE incendiado, após ser atingido por um coquetel molotov. Um helicóptero da polícia foi acionado e chegou a trocar tiros com os bandidos.

Locais de risco

O secretário de Estado de Segurança, Roberto Sá, publicou ontem, no Diário Oficial, uma série de orientações para minimizar os riscos de morte de inocentes em ações policiais. Entre elas, a de não realizar operações perto de escolas em horários de “entrada e saída de alunos”. 

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