O governador Geraldo Alckmin (PSDB) minimizou ontem o aumento do número de casos de latrocínio, que registra alta de 45% neste ano na capital e tem assustado a população com ocorrências por toda a cidade.
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Questionado pela Rádio Bandeirantes sobre a escalada do roubo seguido de morte, Alckmin declarou que “não é possível avaliar apenas por alguns meses” e respondeu citando estatísticas de homicídios.
“É importante destacar que, nos crimes contra a vida, nós somos o Estado com maior segurança do Brasil. O Brasil tem 25 assassinatos por 100 mil habitantes/ano e São Paulo tem 8,3. É o menor do país”, afirmou.
A declaração foi dada na manhã de ontem durante visita à fábrica da Volkswagen, em São Bernardo, na região metropolitana.
O volume de latrocínios cresceu 45,1% na capital na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período no ano passado. O número de casos saltou de 51 para 74. O Estado também registrou alta, de 25,1%, com o total de ocorrências subindo de 163 para 204, em igual intervalo.
O governador afirmou, ainda, que “a maior parte dos latrocínios ocorre em roubo de carro, roubo de moto” e que a redução destes delitos vai contribuir com a queda das mortes em consequência dos assaltos.
“Com o fechamento dos desmanches, nós reduzimos muito o roubo e o furto de veículo. Emparedamos 1,2 mil desmanches: carros que eram roubados para a venda de peças. Estamos indo em cima dos vendedores dessas peças, dos receptadores destes produtos. À medida que derrubamos o roubo de veículos, vamos reduzir fortemente o latrocínio”, completou Alckmin.
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4 casos em uma semana
Na noite de última quarta-feira, no Jabaquara (zona sul) a dona de um pet shop foi morta por criminosos que assaltaram sua loja.
Dois dias depois, a capital registrou pelo menos outros três latrocínios em menos de 24 horas: uma dona de casa teve a bolsa roubada e foi morta na Vila Itaim, (zona leste); um guarda-civil foi assassinado enquanto dirigia com seu carro no Rio Pequeno (zona oeste); e o funcionário de imobiliária foi morto quando ia ao banco com R$ 8 mil em uma mochila no Limão (zona norte).
