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Tensão na Venezuela aumenta e dois jovens morrem durante protesto

Ao menos dois jovens morreram nesta quarta-feira em um dia tenso de protestos na Venezuela. Em Caracas, Carlos José Moreno Baron, 18 anos, era estudante de Economia da Universidade Central da Venezuela e estava indo jogar futebol quando levou um tiro na cabeça.

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Em San Cristóbal, no Estado de Táchira, Paola Ramírez, 24 anos, também foi baleada em outro protesto que teve mais de cem feridos por asfixia a gás lacrimogêneo. Segundo fontes, os autores dos disparos que mataram os dois jovens são milicianos pró-governo de Nicolás Maduro.

O grande ato, considerado como “a mãe de todas as marchas”, é o sexto contra a administração de Maduro somente neste mês de abril e aconteceu em várias cidades do país apenas um dia após o chefe de Estado ter anunciado a ativação de uma operação militar para “garantir a ordem interna” e impedir o suposto golpe militar que a oposição quer por em vigor, segundo diz ele.

Como os demais atos, os desta quarta-feira registraram confrontos entre os manifestantes e a polícia. Em Caracas, a marcha teve 26 pontos de concentração. Apoiadores de Maduro também organizaram suas próprias manifestações na capital. Não foram divulgadas contagens oficiais do número de participantes, mas estimativas apontam para centenas de milhares em todo o país.

“Temos que protestar porque este país está morrendo de fome”, disse Alexis Mendoza, administrador de 53 anos que marchava no bairro El Paraiso, de Caracas.

Os recentes protestos na Venezuela já mataram ao menos sete pessoas (incluindo as duas mortes de hoje), feriram outras dezenas e causaram a prisão e a detenção de mais de 200.

Mandatário ativa plano militar contra o que chama de ‘golpe’
Na noite da última terça-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, havia anunciado a ativação do “Plano Zamora”, uma operação militar para “garantir a ordem interna” e a paz do país durante a série de protestos organizados pela oposição:

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“Eu decidi ativar o plano estratégico especial civil e militar para garantir o funcionamento de nosso país, sua segurança e ordem. Atenção: ativar a fase verde do Plano Zamora para derrotar o golpe de Estado”.

O presidente ainda convocou as Forças Armadas e milícias para as ruas de todo o país para defender a “revolução” bolivariana iniciada pelo antecessor, Hugo Chávez, e reprimir as manifestações dos que são considerados “traidores da pátria”.

Segundo Maduro, os protestos são esforços da oposição para estimular a violência e derrubar seu governo.

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