A partir de março, 10,2 milhões de trabalhadores poderão sacar o dinheiro de contas inativas do FGTS. A expectativa do governo é que os recursos, totalizando R$ 30 bilhões, sejam utilizados principalmente para o pagamento de dívidas.
Pesquisa do GuiaBolso com 1412 pessoas entre 13 e 16 de janeiro mostra, no entanto, que 44,8% investiriam o valor, enquanto 33,6% pagariam todas as dívidas. Mesmo entre os endividados, a maioria (43,8%) destinaria o dinheiro para aplicações, contra 37% que quitariam débitos.
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“A recomendação é resgatar o FGTS porque o seu rendimento está abaixo da inflação; e você consegue rendimentos bem melhores com investimentos”. diz Thiago Alvarez, CEO do GuiaBolso.
Mas para quem está endividado, principalmente no cheque especial e rotativo do cartão de crédito, a prioridade deve ser o pagamento dos débitos. “A dívida é muito mais cara do que você ganharia com os juros de investimentos”, explica Alvarez.
Os juros médio do cheque especial chegaram a 314,51% ao ano em dezembro de 2016. Já os do rotativo do cartão ficaram em 453,74% ao ano, segundo pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças).
A partir do momento em que as contas estiverem em dia, prossegue Alvarez, o ideal é utilizar os recursos que sobraram para investir e formar uma reserva financeira. “Recomendo ter o equivalente a entre três e seis salários para contar em casos como queda de renda ou perda do emprego”, afirma.
