Museu Internacional de Arte Naïf está instalado desde 1995 em um casarão no Cosme Velho | fotos: Marcello Dias/Futura Press
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O Museu Internacional de Arte Naïf (Mian), no Cosme Velho, na zona sul, vai encerrar suas atividades no próximo dia 23 deste mês por falta de verbas. A decisão foi anunciada pela diretora e fundadora da instituição, Jacqueline Finkelstein. Ela alega que os principais motivos são a crise econômica que atinge o Estado do Rio e a falta de parcerias, que não foram suficientes para manter as atividades do local.
“Devido à crise econômica, os patrocínios e os investimentos em cultura diminuíram muito. Estava tentando evitar o fechamento do museu, mas este mês foi muito difícil pagar todas as dívidas”, lamenta Jacqueline Finkelstein.
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Instituição privada, o espaço cultural se mantinha, dentre outras fontes de renda (bilheteria, lojinha e projetos específicos), com a verba de editais e projetos das secretarias de Cultura do município e do Estado.
Acervo de 6 mil peças
Instalado em um casarão no Cosme Velho desde 1995, e criado a partir da coleção formada pelo francês Lucien Finkelstein (1931-2008), pai da diretora do museu, o Mian possui um acervo de cerca de 6 mil obras e mais de 100 exposições realizadas. Para a diretora do museu, a esperança de mantê-lo aberto só seria possível caso ele passasse a ser administrado pela prefeitura, ou o Ibram (Instituto Brasileiro de Museus). “Eu tenho muita fé. A crise que estamos enfrentando é muito grave. Espero que nos ajudem”, disse a fundadora. Segundo informou a Secretaria Municipal de Cultura, ainda não há uma proposta por parte do museu para ser analisada.
Entre as obras mais visitadas está a exposição permanente “Brasil, 5 Séculos”, que retrata os acontecimentos históricos desde a chegada dos portugueses ao Brasil até a inauguração de Brasília. A mais recente e última exposição foi inspirada nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.