A inflação será um dos fatores que devem ditar o comportamento das vendas dos Dias dos Pais. Segundo levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio), feito a partir do IPCA-15, os preços de bens e serviços mais demandados na data subiram, em média, 9% nos últimos 12 meses até julho.
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Microcomputadores, máquinas fotográficas e televisores registraram as maiores altas entre os 15 itens da pesquisa, com variações de 22,7%, 20,7% e 16,7%, respectivamente, e deverão ser preteridos, segundo a CNC.
Já itens como sapatos masculinos (3,5%), tênis (3%) e CDs e DVDs (0,1%), além de pesarem menos nos bolsos dos filhos, mostraram variações de preços menores nos últimos 12 meses.
“Com taxas de juros ao consumidor batendo nove recordes nos últimos 12 meses, os segmentos mais dependentes das condições de crédito, como eletrodomésticos e produtos de informática, deverão se destacar negativamente”, acrescenta o economista da CNC Fabio Bentes.
A CNC estima que o Dia dos Pais movimentará R$ 4,2 bilhões em vendas, uma queda de 9,4% sobre igual período do ano passado. Se a projeção for confirmada, será pior desempenho desde o início da série, em 2004. Móveis e eletrodomésticos (-22,8%) e informática e comunicação (-13%), devem ser o principais destaques negativos.
Segundo a CNC, mais da metade das vendas do Dia dos Pais virão de hiper e supermercados (36,3%) e vestuário e calçados (19,7%). A previsão, no entanto, é que os dois segmentos registrem queda nas vendas. Artigos de uso pessoal e doméstico ocupam o terceiro lugar em participação nas vendas do setor, com 13,2%, seguidos de produtos de farmácias e perfumarias, com 10,1%.
