Motoristas e cobradores de ônibus decidem nesta quarta-feira se farão nova paralisação nos terminais de São Paulo. O Sindmotoristas (sindicato da categoria) afirma que os trabalhadores não receberam o reajuste de 7,5% acordado com a SPUrbanuss (representante das concessionárias de ônibus da capital paulista) nos salários depositados na segunda.
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Em maio, a categoria fez duas paralisações por aumento nos vencimentos, que afetaram cerca de 1,5 milhão de pessoas.
Nesta terça, o Sindmotoristas deu até as 17h para que o dinheiro fosse depositado, mas a demanda não foi atendida. O presidente do sindicato, Valdevan Noventa, afirmou que fará uma assembleia para definir possíveis manifestações. “Precisamos do apoio da maioria antes de organizar uma paralisação”, disse.
A SPUrbanuss afirmou que os salários foram depositados sem os 7,5% de aumento, pois as concessionárias estariam enfrentando problemas de caixa, pelo não recebimento de reajuste da Secretaria de Transportes. A diferença, de acordo com a organização, será paga até sexta-feira.
A Secretaria de Transportes afirmou que o novo repasse (entre 5,7% e 6%) já foi aprovado, mas que a liberação depende de cálculo baseado em índice ainda não atualizado pelo IBGE.
Último ato afetou 1,5 mi de pessoas
Os motoristas e cobradores de ônibus fizeram duas paralisações no mês passado. Foram 29 terminais fechados entre os dias 18 e 19, num total de três horas, que chegaram a afetar 1,5 milhão de pessoas. A principal demanda da categoria era um reajuste salarial – o que foi conquistado após ameaça de greve. As empresas prometeram um aumento de 7,5% – tanto no salário como no vale-refeição –, além de R$ 1.300 de participação nos lucros, que serão pagos integralmente até o final de agosto.
