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Trabalhadores e estudantes dizem ‘não’ à reforma trabalhista na França

Protestos contra projeto de flexibilização das relações de trabalho reuniram multidões e registraram momentos de tensão em várias cidades do país | Reuters

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Milhares de franceses saíram nesta quinta-feira às ruas de diversas cidades do país para protestar contra a proposta de reforma das leis trabalhistas, que, em linhas gerais, flexibiliza as relações entre patrões e empregados.  Os manifestantes acusam o plano de promover a precariedade do emprego. “Não mexa no meu emprego” e “Direto para o século 19”, diziam alguns cartazes. Em Paris, pelos menos dez pessoas foram detidas pela polícia durante confrontos.

Os protestos foram convocados por sindicatos de trabalhadores e estudantes. Para os sindicatos, a reforma do governo retira direitos dos trabalhadores e facilita demissões sem trazer medidas consistentes de estímulo à criação de empregos. Já para o governo, as mudanças visam reforçar a negociação entre trabalhadores e empregados dentro das empresas, o que incluiria acordos sobre a carga horária e regras para demissões.

Ontem de manhã, o primeiro-ministro, Manuel Valls, afirmou que o governo pode fazer melhorias no texto nos artigos referentes a pequenas e médias empresas. Ele garante, contudo, que não vai recuar da reforma, que considera “inteligente, audaciosa e necessária”.

Torre fechada

Os protestos afetaram serviços públicos, como os transportes. No aeroporto de Orly, 20% dos voos foram cancelados. Na rede de metrô de Paris, apenas dois em cada três trens circularam. Os funcionários da Torre Eiffel aderiram à greve, e o monumento ficou fechado durante todo o dia.

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