Em busca dos 171 votos para derrotar o processo de impeachment no plenário da Câmara, a presidente Dilma Rousseff já definiu os alvos para repartir os cargos que serão devolvidos pelo PMDB. O governo espera anunciar uma nova composição na Esplanada até sexta-feira, contemplando um maior espaço para o PP, o PR e o PSD.
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Cargos de segundo e terceiros escalões também serão ofertados para indicados de partidos menores.
Dilma tem pressa na montagem do ‘novo governo’, batizado de repactuação.
Pelo mapeamento feito no Palácio do Planalto até agora, com a saída do PMDB a base governista teria em torno de 230 deputados, ou seja, número suficiente para barrar o impeachment. Haveria, portanto, uma margem de 59 votos aos ‘traidores’.
Além disso, o governo acredita que terá apoio de deputados do Psol (são seis) e entre 15 a 20 votos dos independentes do PMDB, o que daria uma maior margem de segurança.
Novo fiel da balança
Dono de 49 votos, o PP é o mais cortejado. Além de manter a Integração Nacional, o partido tem a oferta de comandar o Ministério da Saúde, que tem o maior orçamento da Esplanada: R$ 88,9 bilhões. O deputado Ricardo Barros (PP-PR) – relator do orçamento e que sugeriu um corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família – é o nome mais cotado para o cargo.
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A oferta tenta enfraquecer a vontade de parte da bancada do PP, que quer o rompimento com Dilma. O martelo só será batido após decisão da Comissão do Impeachment.
O PR, hoje a frente dos Transportes, pode também acumular o Ministério de Minas e Energia. O partido, porém, admite que negocia nos bastidores cargos num eventual governo Temer.
O PSD quer ampliar o espaço também para dois ministérios. Além de Cidades, a sigla quer o Ministério do Esporte.
Ministros do PMDB
A estratégia vingará com a devolução dos ministérios pelo PMDB. Nesta quarta-feira, porém, Kátia Abreu (Agricultura) afirmou que os seis ministros avaliam ficar no governo e se licenciar do partido.
