Brasil

Atos em favor do governo Dilma ocorrem em todos os Estados e no DF

Pela segunda vez em menos de 15 dias, movimentos sociais e grupos em favor do governo saíram às ruas do país nesta quinta-feira em protestos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

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Sob os gritos de “não vai ter golpe” e vestidos predominantemente de vermelho, os manifestantes se concentraram durante a manhã, tarde e noite em atos que ocorreram em todos os 26 Estados, no Distrito Federal e em cidades do exterior. A polícia estimou o público total em 149 mil e os manifestantes, em 811 mil, embora não houvesse dados de todos os locais.

A manifestação foi convocada pela Frente Brasil Popular, que reúne mais de 60 entidades, como o PT, a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a UNE (União Nacional dos Estudantes).

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O protesto em São Paulo foi realizado na praça da Sé, centro e reuniu 60 mil pessoas, segundo os organizadores, 18 mil, de acordo com a Polícia Militar, e 40 mil, para o Instituto Datafolha. No ato anterior, dia 18, na av. Paulista, o público foi calculado em 500 mil para organizadores,  80 mil para polícia e 95 mil para o Datafolha.

Foram levados ontem para a Sé três carros de som, que alternavam discursos políticos com música. No fim da tarde choveu, mas os grupos não se dispersaram.

Além de defender a presidente Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com palavras de ordem e cartazes, os manifestantes também criticam aqueles que acusam de golpistas.

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Os mais lembrados foram o vice-presidente, Michel Temer, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha – ambos do PMDB, que rompeu oficialmente com o governo na terça-feira –, o juiz Sérgio Moro, que está à frente da operação Lava Jato, a Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) e a TV Globo.

A presença do ex-presidente Lula era esperada nesta quinta durante o ato na capital federal, Brasília, mas ele não compareceu. A cidade recebeu ontem o maior público dos atos pelo país. Foram 200 mil pessoas, segundo os organizadores e 40 mil, para a polícia.

O ato no Rio de Janeiro – sem números oficiais – foi realizado no largo da Carioca e contou com a participação do cantor Chico Buarque. “Estou aqui para agradecer a vocês que me animam a acreditar que não, de novo, não, não vai ter golpe”, afirmou do alto do carro de som.

Os atos se seguiram por quase todas as capitais brasileiras. Houve protesto em Natal (20 mil), Porto Alegre (18 mil), Salvador (12 mil), Recife (6 mil), Belo Horizonte (5 mil) e Curitiba (1,5 mil).

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