O final de semana não enfraqueceu o movimento de ocupação de escolas estaduais contra a reorganização da rede estadual. Nesta segunda-feira, 21 colégios da Grande São Paulo estavam ocupados, segundo a Secretaria de Estado da Educação.
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Já para a Apeosp (sindicato dos professores), eram 27 na região e 30 em todo o Estado.
A medida divide parte dos colégios por ciclos únicos de ensino (anos iniciais e finais do fundamental e o médio) e deve fechar 94 escolas no Estado.
A secretaria afirma que, além dos alunos, há escolas que foram ocupadas também por professores da Apeoesp e por membros do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).
A reportagem esteve ontem na Escola Estadual Dona Ana Rosa, na Vila Sônia (zona sul), que teria militantes do movimento, segundo o governo estadual, mas eles não foram vistos.
Os estudantes, únicos ocupantes, iniciaram o protesto na terça-feira, e tomaram apenas as regiões abertas do colégio. “A diretoria trancou a parte de dentro e não invadimos pois esse não é o objetivo”, disse o aluno Ítalo Silva, 16 anos.
Sem acesso à cozinha do colégio, os alunos contam apenas com as doações de alunos, pais e vizinhos para se alimentarem. Não havia presença policial nos arredores da escola.
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Silva diz que o objetivo do ato é estabelecer um diálogo com o governo. “Eles possuem dados, mas nunca conversaram com quem está aqui todos os dias. Queremos nos reunir para encontrar a melhor solução para todos”, concluiu.
Em nota, a secretaria se disse disposta a conversar com os alunos, mas os acusa de negar o diálogo. A pasta reconhece o direito à livre manifestação e informa que todo o conteúdo pedagógico perdido será reposto.
Santos
A Defensoria Pública do Estado obteve ontem uma liminar no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) que suspende o fechamento da Escola Estadual Braz Cubas, em Santos –que faz parte do plano de reorganização.
Segundo a secretaria, a diretoria da unidade não foi informada da decisão.
