Brasil

No país, falta de cinto gera uma multa a cada dois minutos

A cada dois minutos, um veículo foi multado nas rodovias federais brasileiras pela falta do uso do cinto de segurança por parte do motorista ou dos passageiros dos  veículos.  A preocupante estatística faz parte do  balanço da PRF (Polícia Rodoviária Federal), que só no 1º semestre deste ano autuou 152,5 mil veículos nas BRs do país por tal motivo. O número já representa 67% do total de autuações pela falta de uso do equipamento registrado em todo ano de 2014 (227,4 mil multas).

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Em plena era da informação, e de fácil acesso, quase todos sabem que o uso do cinto é obrigatório por lei para todos os ocupantes, mesmo no banco de trás. O que poderia ter salvo a vida, inclusive, do cantor sertanejo Cristiano Araújo, 29, e sua namorada Allana Coelho, 19, mortos em um grave acidente na BR-153, em Goiás, no último mês.  Mas afinal, o que falta para que esse tipo de infração de trânsito não seja tão recorrente assim? Na avaliação dos especialistas, o problema tem resposta. “Falta educação de trânsito ao brasileiro. Algo que deveria estar nas escolas, que se aprenda desde novo. Além disso, uma conscientização maior sobretudo de quem viaja no banco traseiro, que ainda carrega o mito de estar protegido pelo banco da frente”, destaca Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego).

E o alerta do especialista é muito válido, haja vista  uma pesquisa recente feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O estudo mostrou que metade dos brasileiros admite não usar o cinto quando estão no banco de trás. E pasmem,  20% dos pesquisados afirmaram dispensar o uso do equipamento obrigatório até  mesmo quando viajam na parte dianteira do  automóvel, seja como motorista ou passageiro.

“Temos uma malha rodoviária enorme, portanto, a fiscalização ainda é um problema.  O mais importante  mesmo é que as pessoas usem o cinto não pensando nisso, mas sim na própria segurança”, completa Alessandro Rubio, coordenador técnico do Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária).

 

Epidemia mundial

Rubio garante que deixar de usar o cinto no banco de trás é um problema mundial, porém muito mais frequente no Brasil.  “É comprovado. O uso do cinto reduz em pelo menos 50% o risco de morte em caso de acidentes. Estar no banco traseiro cria uma completa falsa sensação de segurança. Até mesmo o airbag é um equipamento que perde por completo sua função. Pode, em vez de salvar, matar uma pessoa que esteja sem cinto”, reforça Rubio.

arte cinto de segurança

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