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Campanha tenta individualizar vítimas de ataque no Quênia

Yvonne Makori, amiga, irmã, filha, a única esperança da família | Reprodução/Twitter

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A campanha #147NotJustANumber (147 não é apenas um número, da tradução em inglês) está divulgando no Twitter fotos e descrições das vítimas de ataque no Quênia, em que islamitas somalianos do grupo Al Shebab fizeram cerco na Universidade de Garissa por 16 horas, matando 148 pessoas na quinta-feira.

Apesar de o número de mortos ser 148, e não 147 como na hashtag, a campanha tenta individualizar as vítimas. Entre eles, 142 estudantes, três agentes policiais e três militares.

Os islamitas somalianos do grupo Al Shebab reivindicaram a autoria do ataque, o mais mortal no Quênia desde o atentado contra a Embaixada dos Estados Unidos em Nairobi em 1998 que registrou 213 mortos. O ataque à universidade foi uma represália à presença militar queniana na Somália, onde um corpo expedicionário queniano combate esse movimento desde o final de 2011.

Após o ataque, autoridades encontraram quatro corpos de terroristas, que entraram armados na universidade. “Um dos quatro shabab que atacaram a Universidade de Garissa foi identificado como Abdirahim Abdullahi, originário da região de Mandera, situada no extremo Noroeste do Quênia, que faz fronteira com a Somália», informou o porta-voz do Ministério do Interior, Mwenda Njoka.

Abdirahim Abdullahi, morto durante a intervenção das forças de segurança, era diplomado pela Faculdade de Direito de Nairóbi e descrito por quem o conhecia como um futuro jurista brilhante, acrescentou o porta-voz. Njoka disse que o pai de Abdullahi alertou as autoridades de que seu filho tinha desaparecido e que suspeitava que tivesse ido para a Somália. O jovem estava desaparecido desde 2013.

O presidente queniano, Uhuru Kenyatta, decretou no sábado (4) três dias de luto nacional e prometeu responder, “o mais severamente possível”, ao ataque à Universidade de Garissa, assegurando que o país “não se curvará” perante a ameaça. Kenyatta apelou ainda para que todos os quenianos, as igrejas e os dirigentes falem alto e forte a favor da unidade do país e de modo que sua “cólera, justificada, não leve à estigmatização de ninguém”.

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As autoridades quenianas disseram que a Universidade de Garissa tinha 815 estudantes matriculados, vindos de diveras regiões do país e que grande parte vivia na residência universitária, que foi atacada pelo Al Shabab.

Peter Masinde, o primeiro ofical alvejado na Universidade de Garissa. Ele tinha 32 anos e sua mulher está grávida | Reprodução/Twitter

Veronica Syokau, nascida em Kitui. Segundo ano na universidade. Amava nadar. Sua mãe ainda está em choque | Reprodução/Twitter

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