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Aeronaves têm cabine blindada desde atentados do 11 de setembro

Ex-diretor de Segurança de Voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Camacho, explica que depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2011 a entrada das cabines de aeronaves passou a ser blindada e que é normal os pilotos trancarem a porta quando se ausentam.

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O especialista esclarece ainda que uma senha permite o acesso de quem está do lado de fora da cabine. Esse código, no entanto, precisa ser avaliado pelo tripulante que está no comando do avião.

Na manhã desta quinta-feira, o promotor de Marsella que faz parte da equipe de investigações da queda do Airbus da Germanwings – filial de baixo custo da Lufthansa – afirmou que, pelos dados das caixas-pretas, é possível perceber que o piloto da aeronave ficou trancado do lado de fora da cabine.

Ele disse ainda que o piloto bateu duas vezes na porta e, inclusive, tentou arrombá-la. Mais: o copiloto, que estava dentro da cabine, se recusou a abrir e acionou por vontade própria o botão de descida da aeronave.

Ainda não se sabe, no entanto, o que teria provocado a atitude do copiloto. Também não há informações sobre o motivo de o piloto ter deixado a cabine.

Sobre a localização dos banheiros nas aeronaves, Carlos Camacho diz que fabricantes de aviões acham que o custo de construir um toalete somente para os pilotos é muito alto. Apenas uma empresa israelense tem essa área exclusiva na aeronave.

O acidente

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A aeronave da Germanwings, filial de baixo custo da Lufthansa, decolou de Barcelona, na Espanha, pouco depois das 9h (5h de Brasília) e tinha como destino a cidade alemã de Düsseldorf. Às 10h47min (horário local) o piloto teria feito o último contato com os controladores do tráfego aéreo: «urgente, urgente. Emergência, emergência», teria dito

Os destroços foram encontrados ainda na manhã de terça, nos alpes franceses, um local de difícil acesso.

Vítimas

Segundo o promotor de Marsella, os passageitos do avião só perceberam o que estava acontecendo pouco antes de a aeronave se chocar contra os alpes. Pelos dados da caixa-preta é possível perceber que esse é o único momento em que se escuta a gritaria das pessoas a bordo.

Ainda segundo o promotor, as vítimas tiveram «morte instantânea». O avião foi pulverizado após bater no solo.

Havia 150 pessoas no Airbus – 144 passageiros e seis tripulantes – de 15 nacionalidades. A maioria, no entanto, era de origem alemã e espanhola.

Entre os alemães estava um grupo de 16 estudantes e dois professores de uma escola bilingue que voltava para casa após participar de um intercâmbio na Espanha.

Portal da Band

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