O secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, anunciou nesta segunda-feira as mudanças que devem ocorrer com a nova licitação para a operação de linhas na cidade. Sem margem financeira para grandes investimentos, a administração Fernando Haddad (PT) decidiu ampliar de 15 para 20 anos o prazo de concessão no edital, que será lançado até maio. O objetivo é garantir que os futuros operadores destinem recursos para operação, controle e administração do sistema.
Ontem, durante audiência pública para discutir a licitação, Tatto afirmou que, entre os investimentos que podem ser exigidos, está a entrega de uma central de controle operacional e a administração e manutenção dos terminais de ônibus. “Vamos utilizar a legislação que permite, encerrado o período de concessão, o repasse desses bens para o poder público”, explicou o secretário.
A previsão da secretaria é que, durante os 20 anos do contrato de concessão, o custo do sistema chegue a R$ 120 milhões – R$ 6 milhões por ano.
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Tatto apresentou os primeiros detalhes da mudança na divisão das linhas da capital. A rede, hoje definida em estrutural e local, será dividida em três: sistema estrutural (corredores e grandes vias), sistema coletor (ligará áreas densas de bairros aos corredores) e sistema intrabairro (na área residencial dos bairros).
Tatto acredita que o edital do sistema de transporte da capital seja divulgado em maio. De acordo com ele, até o final de julho, devem ser definidos os vencedores. Grupos estrangeiros também poderão participar.
Protesto
Antes do início da audiência pública, cobradores e motoristas fizeram um protesto em frente à sede do o Iprem (Instituto de Previdência Municipal), na zona norte, onde ocorreu a apresentação.
O trabalhadores cobravam uma posição do secretário sobre a possibilidade de extinção da função de cobrador nos ônibus. Segundo o sindicato, serão 15 mil cobradores demitidos. Duas bombas caseiras foram jogadas no estacionamento do Iprem. Ninguém ficou ferido.
Durante a apresentação, Tatto afirmou que o edital exigirá a manutenção dos profissionais, mas destacou que a função está em extinção. “Eles podem atuar em outras funções, como auxiliares dos motoristas, ajudar no embarque, até virar motorista”.