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Para diretor do Datafolha, não dá para descartar ida de Aécio ao 2º turno

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A ida do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, não pode ser descartada, de acordo com a análise do diretor do Datafolha, Mauro Paulino, e do cientista político Antonio Lavareda. Na terceira posição no Índice Band, com 21% das intenções de voto – contra 45% de Dilma Rousseff (PT) e 31% de Marina Silva (PSB) -, o tucano apresenta trajetória crescente nos últimos levantamentos.

Apesar de não descartar a ida de Aécio ao segundo turno, Lavareda considera a possibilidade “remota”. Para ele, a eleição deverá ser decidida entre Marina Silva e Dilma Rousseff. Apesar disso, o tucano afirmou, em entrevista à BandNews FM, na última sexta-feira, que “continua acreditando”.

Sobre a possibilidade de a disputa ser decidida no primeiro turno, os especialistas afirmaram que esta é uma hipótese pouco provável. Para Lavareda, em uma escala de 0 a 10, a chance de isso acontecer é 1.

De acordo com o diretor do Datafolha, uma vitória de Dilma no primeiro turno ocorreria apenas se a candidata atingisse um patamar entre 45% e 46% do total de votos e a “alienação eleitoral” – a soma de votos brancos e nulos – somasse algo em torno de 10% e 8%.

Para Lavareda, caso haja o segundo turno, a disputa será bastante acirrada, como na eleição de 1989, quando Fernando Collor derrotou Luiz Inácio Lula da Silva em meio à uma disputa bastante equilibrada.

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‘Batalha dos indecisos já terminou’

Segundo Lavareda, os candidatos devem agora se preocupar em manter os votos já conquistados, porque a “a batalha pelos (eleitores) indecisos já terminou”.

Paulino afirmou que a propaganda política de Dilma tem sido eficiente em implantar no eleitorado, principalmente entre os nordestinos e beneficiários de programas sociais, a ideia do “medo” com uma possível eleição de Marina. Para o diretor do Datafolha, esse fator “pode fazer a diferença”.

Centro de rejeição
De acordo com os especialistas, São Paulo é um “núcleo de rejeição ao PT e à Dilma”. Segundo levantamentos, a condenação da cúpula petista no processo do mensalão agravou ainda mais a situação da legenda no Estado.

Aécio é, segundo Lavareda e Paulino, o maior representante do voto dos eleitores contrários ao PT. Caso o tucano não vá ao segundo turno, 58% de seus eleitores devem migrar seu voto para Marina. Caso a socialista não vá para esta fase da disputa, 60% de seu eleitorado deve votar no concorrente do PSDB.

Dificuldades técnicas
Segundo levantamento do Datafolha, feito com 11 mil pessoas, 41% dos eleitores conseguem votar usando a urna eletrônica sem problemas. O eleitorado com maior dificuldade em usar o dispositivo é o de Marina, de acordo com o instituto. A maior complicação, afirma Paulino, é o desconhecimento do número da candidata. “É claro que o eleitor, nesta última semana, vai atrás, vai pesquisar (o número de seu candidato), mas o eleitor de Marina tem um caminho mais longo”, disse o diretor do Datafolha.

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