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Ex-diretor da Petrobras cita 62 políticos em esquema, afirma jornal

Polícia busca documentos de empresas ligadas a Paulo Roberto Costa | Antonio Cruz/Agência Cruz
Paulo Roberto Costa | Antonio Cruz/Agência Cruz

Seguindo orientações do Ministério Público para sua delação premiada, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, revelou que ao menos 62 políticos estariam envolvidos no esquema de desvio de dinheiro da estatal.

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Os nomes seriam de 12 senadores, 49 deputados federais e um governador, de ao menos três partidos: PT, PMDB e PP. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo na tarde desta sexta-feira (5).

Segundo Costa, os políticos receberiam 3% dos contratos da Petrobras durante o período em que ele esteve à frente da diretoria de distribuição da empresa, no período de 2004 a 2012. Ainda segundo a “Folha”, na cela da Polícia Federal em que está preso, ele costumava dizer que não haveria eleição em 2014 caso revelasse o nome dos envolvidos.

A delação premiada é um acordo que o réu faz com a Justiça para que sua pena seja diminuída, em troca de informações que possibilitem o esclarecimento de outros crimes. No caso da Operação Lava Jato, a prioridade dos procuradores era descobrir como os parlamentares recebiam dinheiro e como as empreiteiras faziam pagamentos aos corruptos.

Costa é acusado de ter ligação com uma organização criminosa que lavava dinheiro em seis estados e no Distrito Federal, desarticulada na Operação Lava Jato. Em um dos processos, Costa e o doleiro Alberto Youssef, além de outros acusados de desvio de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo o Ministério Público, a obra foi orçada em R$ 2,5 bilhões e alcançou gastos de R$ 20 bilhões.

Ele também é alvo de outra ação penal, na qual é acusado de obstruir as investigações. No processo, também são réus as duas filhas dele, Arianna e Shanni Costa, e os dois genros.

Durante as investigações, o Ministério Público da Suíça informou que foram descobertas naquele país contas bancárias no valor de US$ 29 milhões. Segundo o órgão, foram identificadas 12 contas em bancos suíços sob o controle de Costa, suas duas filhas, genros e de um funcionário do doleiro Alberto Yousseff. Deste total, De acordo com o Ministério Público suíço, US$ 23 milhões pertenceriam a Costa.

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