A taxa de juros cobrada da pessoa física subiu pelo 14º mês seguido em julho, segundo pesquisa da Anefac (associação dos executivos de finanças). Os juros médios passaram de 6,03% em junho para 6,05% no mês passado (102,36% ao ano), o maior patamar desde julho de 2012.
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Segundo Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor da Anefac, o encarecimento do crédito está relacionado à deterioração do cenário econômico nacional, com expectativa de piora nos índices de inflação e crescimento econômico. Isso afeta o risco de crédito, com uma maior expectativa de aumento da inadimplência.
O economista prevê que as taxas de juros fiquem estáveis no curto prazo, após o Banco Central ter mantido inalterada a Selic. Para ele, entretanto, os bancos podem, “eventualmente”, elevar as taxas de juros por conta da piora no cenário econômico e aumento da inadimplência, mesmo com a manutenção da Selic.
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Oliveira lembra que é preciso considerar ainda o efeito da redução dos compulsórios, o que poderá provocar alguma redução dos juros.
Em julho, três das seis linhas pesquisadas tiveram os juros elevados: comércio, financiamento de automóveis e cheque especial. Cartão de crédito e empréstimos pessoais concedidos por bancos ficaram estáveis. Já a taxa do empréstimo pessoal de financeiras recuou no mês.