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A ‘fantástica’ fábrica de ideias do secretário Jilmar Tatto

Secretário Jilmar Tatto | Diogo Moreira/ Frame/ Folhapress
Secretário Jilmar Tatto | Diogo Moreira/ Frame/ Folhapress

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O secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, é o homem forte da administração Haddad. Iniciativas como as faixas de ônibus e as ciclovias, que estão sob sua responsabilidade, são até agora as marcas da atual gestão. Mas os planos de Tatto para a cidade vão muito além. Desde o início da gestão, ele já anunciou pelo menos 15 projetos para melhorar a mobilidade em São Paulo. O problema é que, quase metade deles, não saiu do papel (veja quadro).

Principal bandeira de Haddad, a criação de corredores de ônibus enfrenta dificuldades. Licitação lançada no ano passado para a construção de 150 km foi barrada pelo TCM (Tribunal de Contas do Município).

A nova promessa de Tatto é concluir 200 km de ciclovias até o fim do ano. A medida é elogiada pelos ciclistas e por alguns urbanistas, mas têm sido alvo de críticas e reclamações de comerciantes e moradores que afirmam que elas atrapalham a fluidez e estão sendo feitas sem critério. “Admito que poderíamos ter dialogado melhor com a população. Agora, vamos informar com antecedência onde vamos implantar as vias”, afirmou Tatto, em entrevista ao Metro Jornal.

Para o especialista em mobilidade urbana Claúdio Barbieri, a falta de diálogo é um problema recorrente em todas as iniciativas adotadas. “Algumas ideias são boas, mas não são debatidas com a população. Outras são apenas perfumaria. A prioridade deveria ser fazer a cidade andar. O foco deve ser mantido na mobilidade, com projetos como as faixas e integração entre os modais”, afirma.

Segundo o especialista, mudanças simples poderiam melhorar o trânsito. “Uma ideia seria mudar o sentido de vias paralelas que têm como destino o mesmo lugar. Nesse caso, pode deixar uma indo e outra voltando”.

Um ano e meio após assumir a secretaria, Jilmar Tatto considera positivo o balanço da gestão até agora. Em entrevista ao Metro Jornal, nesta segunda-feira, ele afirmou que projetos importantes foram implantados e estão mudando a vida do paulistano.

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O senhor não acha que são muitas ideias e poucas ações?
Pelo contrário. Conseguimos superar a meta de implantação das faixas de ônibus e começamos a focar nas ciclovias. Esses dois projetos estão dando outra cara para a cidade. Também já revitalizamos mais da metade dos semáforos da cidade.

Mesmo sob críticas, o modelo de implantação das ciclovias será mantido?
Nossa meta, que é entregar 400 km até o fim de 2015, está mantida. A mudança é que agora temos um diálogo maior com a sociedade e vamos colocar faixas com antecedência para avisar onde haverá uma ciclovia.

Por que projetos como as câmeras nos ônibus, wi-fi e contadores de passageiros ainda não saíram do papel?
Esses projetos estão em pleno andamento. Estamos credenciando as empresas que vão prestar os serviços.

A ampliação do rodízio também foi anunciada para abril, mas foi engavetada. Por que?
Percebemos que muitos motoristas não estavam satisfeitos com o modelo proposto. Então resolvemos voltar a conversar sobre o projeto.

E o uso do Bilhete Único em táxis e cinema?
Não é nossa prioridade no momento e não chega a ser um projeto. Isso é mais um benefício para os taxistas. da capital.

 

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