Artistas limparam o espaço e agora oferecem programação cultural gratuita para população | André Porto/Metro
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Quase um mês depois que um casarão abandonado na esquina das ruas da Consolação e Visconde de Ouro Preto, na região central, foi ocupado por cerca de 120 artistas, a Câmara Municipal busca uma forma de criar um centro cultural no local. O pedido foi feito pelos próprios “invasores”, que batizaram o espaço de Casa Amarela.
O imóvel pertence ao INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) e foi tombado por conta da arquitetura do início do século 20. O presidente do Legislativo, vereador José Américo (PT), explicou que o INSS não pode simplesmente ceder o imóvel. “O que pode ser feito é uma parceria com a prefeitura. O INSS passa o terreno e é feito um acordo.”
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Segundo o vereador, ainda é preciso encontrar uma solução para garantir a manutenção do espaço, já que o tombamento impõe restrições.
Um dos participantes da ocupação, o dramaturgo Dorberto Carvalho explica que o grupo quer mostrar à população a importância da manutenção do local como um espaço cultural. “Não nos preocupamos tanto em convencer o INSS e a prefeitura. Queremos convencer a população de que esse imóvel será verdadeiramente de uso público.”
Carvalho explica que, há três anos, os artistas, ligados à Cooperativa Paulista de Teatro, ocupam lugares considerados ociosos para construção de ateliês compartilhados e locais para ensaios de peças teatrais. “A Casa Amarela” também conta com programação cultural gratuita, incluindo a a exibição de documentários.
No final de semana, uma reunião será realizada para discutir o futuro do casarão. O objetivo é elaborar um projeto de restauração do espaço. A iniciativa prevê a participação de arquitetos e historiadores.