Um falso intérprete da língua de sinais subiu ao palco durante o memorial em homenagem a Nelson Mandela na terça e gesticulou bobagens diante de uma audiência de milhões, revoltando surdos em todo mundo. Foi mais um capítulo na longa lista de gafes cometidas na cerimônia – a mais famosa, até agora, foi o autorretrato de Barack Obama, com a primeira-ministra dinamarquesa.
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A DeafSA, principal associação de surdos da África do Sul, condenou a presença do homem desconhecido no memorial de Mandela, em que estiveram presentes o presidente sul-africano Jacob Zuma e vários líderes mundiais, incluindo a presidente Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Enquanto líderes discursavam no estádio Soccer City, com capacidade para 95 mil pessoas, o jovem de terno com uma credencial oficial no pescoço fez uma série de gestos com as mãos que os especialistas disseram não significar absolutamente nada.
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“Ele estava basicamente gesticulando. Ele não seguiu nenhuma regra gramátical e estrutura da linguagem. Apenas inventou os sinais enquanto seguia adiante”, disse à Reuters Delphin Hlungwane, uma intérprete oficial da linguagem de sinais sul-africana na DeafSA. “Havia zero por cento de exatidão. Ele não conseguia acertar o básico.”
Foi lançada uma caçada ao misterioso homem. “Ninguém sabe quem ele é. Até agora ainda não sabemos seu nome”, disse Hlungwane.
Velório
O corpo do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela chegou ontem de manhã ao edifício Union Buildings, sede do governo sul-africano, na capital Pretória, onde o herói da luta contra o apartheid será velado.
Milhares de pessoas tomaram as ruas da cidade para acompanhar a procissão de motos da polícia, liderada pela carro fúnebre preto levando o caixão de Mandela envolto em uma bandeira da África do Sul.