O Grupo L’Oréal desenvolveu uma nova molécula chamada Melasyl, que promete tratar manchas de pele, como melasma, sem alterar o tom geral da pele. Após 18 anos de pesquisa, a substância foi desenvolvida especificamente para atuar contra hiperpigmentação localizada, tratando também manchas senis e marcas pós-acne.
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Um estudo mostrou que 62% da população brasileira sofre com desordens pigmentares. A pesquisa, que analisou amostras de 48 mil pessoas em 34 países, revelou que as condições mais comuns incluem lentigo solar (33%), hiperpigmentação axilar (24%), hiperpigmentação pós-inflamatória (11%), hiperpigmentação periorbital (12%), melasma (12%) e vitiligo (4%).
Segundo Delphine Kerob, dermatologista e diretora científica da La Roche-Posay, foram analisados melanócitos de diferentes fototipos para assegurar que os produtos funcionem em todos os tons de pele. Kerob destaca que desordens como hiperpigmentação pós-inflamatória, melasma e manchas solares não são genéticas, mas influenciadas pela cor da pele e exposição solar.
Desenvolvimento da Melasyl
A Melasyl foi escolhida entre mais de 100 mil moléculas possíveis. Segundo Peggy Sextius, pesquisadora da L’Oréal, após a seleção da molécula inicial, foi necessário modificá-la quimicamente para otimizar suas propriedades, como eficácia, segurança e penetração na pele. Testes laboratoriais foram realizados para garantir o bom desempenho e segurança do ativo.
O produto, comercializado como Mela B3, está disponível por aproximadamente R$ 290. Um dos principais alvos desse tratamento é o melasma, que ocorre quando a pele produz melanina em excesso para se proteger de inflamações causadas por fatores como radiação UV, alterações hormonais e poluição.
Além do Grupo L’Oréal, outras marcas também estão desenvolvendo produtos para tratar hiperpigmentações. A Isdin, por exemplo, utiliza ácidos tranexâmico, salicílico, mandélico e fítico em seus produtos para reduzir manchas e prevenir o surgimento de novas. Em 2023, a Isdin lançou o Sérum Facial Clareador Melaclear Advanced, que promete reduzir visivelmente as manchas em três meses.
Importância do acompanhamento médico
A dermatologista Carla Albuquerque, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ressalta que o tratamento do melasma é complexo e recomenda acompanhamento médico para melhores resultados. Ela destaca que, embora alguns ativos causem menos irritação, a automedicação pode não ser tão eficaz quanto o tratamento prescrito por um profissional.
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Outro ponto importante, segundo a dermatologista Ligia Novais, é iniciar o tratamento quanto antes para obter melhores resultados. Ela afirma que os ativos utilizados não só clareiam as manchas, mas também melhoram a luminosidade da pele e regulam a saúde da área afetada.
Fonte: Folha de S. Paulo
