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‘Fevereiro Roxo’: objetivo é conscientizar sobre Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus

Doenças possuem causas desconhecidas e afetam principalmente as mulheres.

‘Fevereiro Roxo’: objetivo é conscientizar sobre Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus
‘Fevereiro Roxo’: objetivo é conscientizar sobre Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus Imagem: Freepik

Além da campanha ‘Fevereiro Laranja’, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre a leucemia, o segundo mês do ano também alerta para outras doenças: o alzheimer, a fibromialgia e o lúpus. A cor que representa essa campanha é o roxo, que tem o objetivo de conscientizar e informar a população sobre esses distúrbios.

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As três doenças ainda possuem causas desconhecidas pela medicina, mas caso tratadas precocemente, podem ter os sintomas controlados, melhorando a qualidade de vida de quem convive com elas.

O lúpus pode ocorrer em qualquer indivíduo, porém, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, as mulheres da faixa entre 20 e 45 anos são as mais afetadas. Estima-se que no Brasil existem aproximadamente 65 mil pessoas com lúpus. Já a fibromialgia afeta mais de 150 milhões de pessoas no mundo todo. De acordo com o estudo “A prevalência da fibromialgia no Brasil”, calcula-se que existam quatro milhões de pacientes diagnosticados com a doença no Brasil, sendo entre 75% e 90% mulheres.

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Para Bruna Burko Rocha Chu, reumatologista e professora de curso de medicina, essas campanhas são de extrema importância pois ajudam a identificar quando existe algo de errado com o paciente. “Movimentos como esse fazem as pessoas reconhecerem os problemas que sofrem e acabam procurando ajuda médica já na fase inicial. Com isso, a chance de um diagnóstico precoce e a melhora da doença ajudam numa melhor qualidade de vida desse paciente, já que as doenças não têm cura”, diz a doutora.

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Segundo a especialista, a fibromialgia pode causar dores crônicas em várias partes do corpo por mais de três meses. “São dores difusas envolvendo músculos, tendões e ligamentos. Quando uma dor não é explicada por exame, devemos suspeitar da doença. Além das dores, o paciente também sente muita fadiga, acordando cansado. A doença pode causar outras adversidades, como problemas intestinais, na urina, sensibilidade a barulhos, problemas de humor e ansiedade”. Para tratar a doença, exercícios físicos, além de terapia cognitiva comportamental, são os mais indicados.

Bruna explica que o lúpus também é uma doença crônica, porém autoimune, onde o sistema de defesa do corpo acaba atacando os próprio órgãos. “A dor do lúpus melhora com movimento e piora com repouso, mas tem tratamento. É 10 vezes mais comum em mulheres do que em homens”, lembra.

A seguir você entende cada tipo de doença, de acordo com a a Sociedade Brasileira de Reumatologia e a Associação Brasileira de Alzheimer.

  • Lúpus - O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune (o próprio organismo ataca órgãos e tecidos). São reconhecidos dois tipos principais de lúpus: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele, principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos. O diagnóstico deve ser feito pelo conjunto de alterações clínicas e laboratoriais, e não pela presença de apenas um exame ou uma manifestação clínica isoladamente.
  • Alzheimer - A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A doença, incurável, instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. O objetivo do tratamento é retardar a evolução e preservar por mais tempo possível as funções intelectuais. Os melhores resultados são obtidos quando o tratamento é iniciado nas fases mais precoces.
  • Fibromialgia - Cerca de 5% da população pode sofrer cronicamente com dores pelo corpo, a ponto de temer abraços e evitar o toque. A dor é sentida com maior frequência nos músculos. A esse quadro, soma-se também um sono não reparador. Os pacientes não acordam descansados. Exames e pesquisas recentes apontam que as dores são causadas por uma disfunção no cérebro que resulta em uma amplificação dos impulsos dolorosos. Estima-se que a doença atinge principalmente mulheres em sua idade produtiva – entre 30 e 55 anos, e a cada dez pacientes com fibromialgia, entre sete e nove são do sexo feminino.

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