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Moais da Ilha de Páscoa eram usados na agricultura, diz estudo

Assim como muitos de nós, a pesquisadora norte-americana Jo Anne Van Tilburg uma vez se perguntou qual é o papel dos Moais na Ilha de Páscoa, uma das principais atrações turísticas do Chile. Só que, diferentemente de todos os outros, ela decidiu dedicar sua carreira em se aprofundar sobre o tema e agora pode nos dizer um pouco mais sobre suas descobertas.

A profissional da UCLA (Universidade da Califórnia), nos Estados Unidos, visitou a área pela primeira vez em 1981 e de lá não parou sua pesquisa sobre se as enormes cabeças de pedra estão na ilha por motivos que vão além da decoração.

E, de acordo com seu trabalho, Van Tilburg acredita que os monolitos foram instalados pelos moradores da ilha para melhorar a fertilidade do solo e consequentemente garantir o suprimento de alimentos.

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Rano Raraku

O trabalho da pesquisadora da UCLA se baseia nas evidências coletadas em duas dessas rochas, que foram escavadas na pedreira de Rano Raraku, onde 45% das estátuas esculpidas estão localizadas.

A hipótese foi estabelecida após um longo trabalho com especialistas em solo e arqueólogos, que conseguiram determinar que, no local próximo aos Moais, existiam traços de banana e batata doce, que seriam cultivados ao redor.

Na mesma linha, foi possível provar que a escultura das estátuas de pedra e sua localização teriam gerado grandes movimentações de terra, o que teria contribuído para a incorporação de uma quantidade significativa de nutrientes ao solo.

Assim, o trabalho publicado no Journal of Archaeological Science também aponta que a pedreira de Ranu Raraku era um importante centro de produção agrícola e de alimentos para os habitantes da ilha.

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