Estilo de Vida

Cães e gatos podem ter câncer de mama

Shiva, cachorra da raça Mastiss Inglês, tem 10 anos e foi curada da doença há três anos Luciano Claudino/Código19

Em outubro, mês dedicado à conscientização sobre a importância da prevenção ao câncer de mama, também é uma oportunidade para se voltar a atenção para os animais domésticos. É muito comum o diagnóstico da doença em cães e gatos, segundo médicos veterinários.

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A média de cirurgias para a retirada de tumores chega a 10 por semana em algumas clínicas veterinárias de Campinas, no interior de São Paulo.

Segundo a veterinária Natália dos Santos, da clínica Baden Vet, ela chega a operar seis animais semanalmente. “Esse número representa a capacidade que temos porque o espaço não é grande”, explica ela.

A situação se repete também no Centro Médico Veterinário. Segundo o veterinário Luciano Neto, cerca de 40 animais são submetidos a cirurgias ao mês para a retirada de tumores.

Segundo os dois médicos, a doença é mais incidente em cachorras e gatas. Porém, o câncer de mama também atinge os machos. 

Com relação às medidas preventivas, os especialistas recomendam, por exemplo, que o dono do animal faça o exame de apalpação no corpo da cadela ou da gata, para checar se há algum tipo de nódulo. Se identificar um possível nódulo, o animal deve ser levado ao veterinário. Além disso, é necessário que se leve o animal para exames a cada seis meses.

A estudante Monique Isabelle nunca imaginou que sua poodle Mel poderia desenvolver um câncer. Ela contou que quando a cachorra tinha 10 anos apareceu um nódulo no animal. “Minha família não desconfiou que poderia ser um câncer. A doença foi aumentando, levamos ao veterinário e aí veio o diagnóstico de que era um câncer”, explica.

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Mel passou por cirurgia e teve boa recuperação em relação ao câncer. Mas 10 meses depois, ela morreu devido a um problema no coração.

Já Shiva, uma Mastiss inglesa, também foi diagnosticada com câncer, mas após a retirada e tratamento, ela sobreviveu e está forte e feliz na casa do veterinário Neto.

Castração

Além do exame preventivo, Neto e Monique indicam a castração antes do primeiro cio em cadelas. “Isso diminui em até 95% as chances de diagnóstico da doença”, ressalta Luciano.

Segundo os veterinários, é comum o diagnóstico nos animais o cachorro (fêmea ou macho) tem mais de seis ou sete anos, principalmente, nas fêmeas. Em gatas, no entanto, a veterinária Natália consta que, geralmente ocorre mais tarde, após os 10 anos de idade. A probabilidade de ocorrência é cada vez maior, conforme mais velho é o animal.

Não há, segundo os veterinários, um levantamento que revele o percentual de cura da doença em animais. No entanto, os dois dizem que a maioria consegue se recuperar da doença.

A partir do diagnóstico

Após constatado o diagnóstico de câncer, os veterinários disseram que a família deve manter a calma. Geralmente os donos se desesperam. “O câncer de mama em animais não é sinônimo de morte iminente”, ressalta Neto.

Vencido o temor da família, o próximo passo é operar o animal. Porém, Natália alerta que é preciso avaliar o grau da doença e as condições do animal para saber se ele consegue passar pela cirurgia.

A próxima etapa é a realização de quimioterapia. Dependendo do estágio do câncer, o tratamento pode durar até seis meses e é realizado a cada sete, 14 dias ou 21 dias.

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