Há um ano que toda vez que o torcedor gremista coloca a cabeça no travesseiro, ele sonha com a noite desta quarta-feira. Essa madrugada foi a última vez que isso aconteceu porque o sonho virou realidade. O Grêmio quer a Copa. Desde os gols de Pedro Rocha, no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, que esta noite é ansiada. Foi um título libertador para sonhar com a Libertadores.
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Difícil acreditar que sonho continha a camisa grená do Lanús, numa Arena lotada, às 21h45. Pouco importa. O que vale é que o tri está a 180 minutos de distância, tão perto quanto não ocorria desde 2007.
Numa final que conte com Renato Portaluppi é impossível não ter o treinador como um ponto central. Imagine se ele já tiver vencido uma Libertadores e um Mundial por um dos finalistas, tirado no ano passado o clube de um longo período sem grandes títulos e ter a possibilidade de ser o primeiro homem a vencer o torneio como jogador e como técnico. Renato é o cara do Grêmio. Renato é a cara do Grêmio.
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Numa situação dessas, o ex-atacante faz o que dele se espera, assume o protagonismo e solta frases com mais efeitos do que os seus chutes na época em que vestia a camisa 7 tricolor, desbravando a América e o Mundo. Mais do que um técnico, nessa hora Renato é um professor.
“Este é o momento que entra o treinador-psicólogo, o treinador experiente, o treinador que já disputou não só Libertadores, mas outra competições importantíssimas. Passo tranquilidade e confiança para os jogadores. Tudo que tinha que ser feito, nós fizemos. Não faria nada diferente”, observou.
Os ensinamentos passam, também, por ensinar os jogadores a não caírem na malandragem e catimba dos argentinos. Situação que será superada com bom futebol, num time que superou a venda de Pedro Rocha e das lesões de Maicon e Douglas.
Mesmo que tenha sempre uma frase de autossuficiência pronta para disparar, o ídolo gremista não deixa de reconhecer a ansiedade.
“Tenho a ansiedade de chegar a hora do jogo para a gente buscar esse titulo que é muito importante. Eles [jogadores] vão escrever a historia deles no clube e a historia ninguém apaga. Temos que dar tudo. Como se fosse última partida das nossas vidas”, destacou.
Depois de tanto sonhar, a noite que passou pode ter sido de insônia tamanha ansiedade de estar decidindo a Libertadores. Até mesmo para alguém experiente e que conhece os caminhos da América como Renato Portaluppi.
Quando o jogo começar, Renato deixa o protagonismo de lado e Marcelo Grohe, Edílson, Geromel, Kannemann, Cortez, Jaílson, Arthur, Ramiro, Luan, Fernandinho e Barrios passam a ser os atores principais. Renato confia em seus jogadores e não há nenhuma outra pessoa no mundo em que os gremistas confiem mais do que Renato. No fim, todos querem a Copa pela terceira vez.