Pergunte a um amigo corintiano ou palmeirense qual é o maior clássico do mundo. Esse, aliás, é o slogan adotado pelos clubes para promover a partida desta quarta-feira, às 21h45, em Itaquera, pela 5ª rodada do Campeonato Paulista. Se você torce para um deles, pode confirmar. Apesar de toda história e títulos que possuem Santos e São Paulo, também rivais de ambos, Corinthians x Palmeiras é um caso à parte.
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De acordo com pesquisa pelo Datafolha, sob a pergunta “Qual o maior clássico do futebol paulista?”, 35% dos entrevistados apontaram o Dérbi. Entre os corintianos, 45% apontaram o Palmeiras (18% o Tricolor e 2% o Peixe). Para 63% dos palmeirenses, é o Corinthians (5% o Santos e 2% o São Paulo).
Mas alvinegros e alviverdes discordam é da pergunta. Não tratam este jogo como o maior do Estado. Mas do mundo. Não há Real Madrid x Barcelona, River Plate x Boca Juniors, Celtic x Rangers, Nacional x Peñarol, Liverpool x Manchester United, Borussia Dortmund x Schalke 04, Flamengo x Fluminense ou Grêmio x Internacional capaz de fazer frente a clássico paulista.
E, em 2017, esse encontro será especial: o confronto completa 100 anos. O primeiro deles aconteceu no dia 6 de maio de 1917, quando o Verdão ainda se chamava Palestra Itália – virou Palmeiras em setembro de 1942 por conta da Segunda Guerra Mundial. O alviverde ganhou por 3 a 0.
O Palmeiras, aliás, leva vantagem na maioria dos números do Dérbi. Tem mais vitórias que o rival (125 a 120, além de 107 empates), mais gols marcados (509 a 468), mais triunfos como visitantes (47).
Só que, esta noite, para tentar ampliar esse retrospecto, o Verdão vai esbarrar em um número que joga a favor do alvinegro: vitórias como mandante. O Timão mostra, com números, que faz valer o mando de campo contra o arquirrival, vencendo 86 vezes. Também é bom que seja dito: quem domina o Estado é o Corinthians, maior campeão, com 27 troféus. E hoje, para dar ainda mais força ao retrospecto do time perante a Fiel, o duelo terá torcida única.
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Pela frente, o alvinegro terá um adversário em momento melhor, com elenco, confiança e conta bancária superiores.
Nada que faça, porém, os palmeirenses acharem que o jogo está ganho. A história do confronto é cheia de reviravoltas, um duelo que gosta de contrariar a lógica.
Marcos virou “Santo” depois de pegar o pênalti de Marcelinho Carioca na semifinal da Libertadores de 2000. O Corinthians era favorito. No ano anterior, o Palmeiras havia acabado de ser campeão do torneio continental e perdeu a final do Paulista para o rival, com direito às inesquecíveis embaixadinhas de Edílson, que foi mais Capetinha do que nunca.
Esta noite, em Itaquera, não haverá Edmundo, Ronaldo, Ademir da Guia, Sócrates, César Maluco, Basílio, Oberdan ou Rivellino.
Tem Dudu, Cássio, Fernando Prass, Fagner, Felipe Melo e Gabriel Girotto. Também tem 100 anos de história, craques que marcaram o futebol, mais de 40 milhões de apaixonados. Tem Corinthians x Palmeiras. O maior clássico do mundo.
