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Avião da LaMia tinha excesso de peso e plano de voo irregular, diz investigação

As autoridades colombianas divulgaram nesta segunda-feira (26) um relatório sobre o acidente com o avião da Chapecoense que deixou 71 mortos no dia 29 de novembro, próximo a Medellín, na Colômbia. Por meio de gravações de voz do avião, os oficiais da Aeronáutica Civil explicaram detalhes da queda. “A aeronave tinha um peso superior ao permitido nos manuais”, afirmou o coronel Freddy Augusto Bonilla, secretário de segurança o órgão.

As autoridades ainda culpam a AASANA (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia) por ter aprovado o plano de voo da LaMia. De acordo com Bonilla, o piloto Miguel Quiroga, morto no acidente, tinha consciência de que o combustível não era suficiente. “Eles estavam conscientes da limitação do combustível. Sabiam que não era adequado.”

Mesmo assim em nenhum momento a tripulação alertou a torre de controle sobre o problema. E que apenas sete minutos antes da queda a tripulação diz que havia problemas.

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O coronel ainda contou os efeitos da falta de combustível: “A velocidade começa a ser reduzida. O motor número 3 começa a se apagar. Este avião tem 4 motores. A tripulação não reporta. Doze segundos depois, começa a se desligar o motor número 4. Repito, novamente, não foi falada a situação real em que se encontrava”, disse.

Bonilla também contou que a aeronave seguiu com sobrepeso. Segundo ele,  o avião transportava mais de 1.000 quilos a mais do que o informado no plano de voo, o que fez o consumo de combustível aumentar numa situação que já era extrema.

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