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O brasileiro Isaquias Queiroz conquistou a medalha de bronze. Na manhã desta quinta-feira, no Estádio da Lagoa, o baiano ficou em terceiro na prova da canoagem de velocidade na categoria C1 200m com o tempo de 39.628, pelos Jogos Olímpicos Rio 2016. O primeiro foi Iurii Cheban, da Ucrânia, com 39,279, e o segundo, Valentin Demyanenko, do Azerbaijão, que fez 39.493.
É o segundo pódio de Isaquias Queiroz nos Jogos Rio 2016. Na terça-feira, ele foi medalha de prata na categoria C1 1000m, após disputa eletrizante contra o alemão Sebastian Brendel.
Isaquias está perto de se tornar o brasileiro mais vencedor numa única edição olímpica. Se ele ganhar mais uma medalha, conseguirá atingir o feito. A última prova que o atleta de 22 anos disputará é a canoagem dupla nos 1000 metros, ao lado do também brasileiro Erlon Souza. Se nada der errado, eles são apontados como favoritos à medalha de ouro.
Da preparação estabelecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Isaquias foi considerado a principal revelação. Nos últimos anos, o atleta tem registrado vitórias em praticamente todas as disputas internacionais. Apesar de sua especialidade não ser olímpica, que é a prova dos 500 metros, Isaquias demonstrou no Rio que tem potencial para dominar outras categorias.
Isaquias também pode quebrar outros recordes brasileiros no futuro. Por ser jovem, ele tem bagagem para disputar pelo menos mais três edições olímpicas se estiver focado em seu condicionamento físico. Já no Japão, em 2020, o baiano poderá se tornar o maior medalhista brasileiro da história e superar o velejador Robert Scheidt, que tem dois ouros, duas pratas e um bronze.
Nascido em Ubaitaba, Isaquias teve uma história de superação antes de se tornar um fenômeno da canoagem. Na infância e adolescência, o canoísta passou por um grave acidente com a queda de uma panela com água quente e ficou internado por muitos dias. Também perdeu um rim ao despencar de uma árvore e chegou até a ser sequestrado.
Até Isaquias conseguir nesta semana as medalhas na canoagem, esporte que nunca havia rendido um pódio brasileiro na Olimpíada, a modalidade era pouca ou quase nada comentada pelos torcedores. Antes dos Jogos, o atleta contou ao Portal da Band que seu principal objetivo com as conquistas seria para “incentivar os garotos a praticar a canoagem”, criando um movimento parecido com o que aconteceu com Guga no incentivo do tênis.
