Nicolas Oliveira é um dos nomes mais experientes da equipe brasileira que irá competir nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Aos 28 anos, o mineiro disputará o maior evento esportivo do mundo pela primeira vez e ainda sonha conquistar sua primeira medalha.
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Mas Nicolas não pensa apenas no sucesso individual e quer dividir a honra com pelo menos mais três companheiros. Em entrevista ao Portal da Band, o nadador revelou que abriu mão dos 200m livre para entrar com força total no revezamento 4x100m, que também terá Marcelo Chierighini, João de Lucca e Matheus Santana.
“A gente está muito empolgado com o revezamento 4x100m. Vai ser uma surpresa muita agradável para o Brasil. Abri mão da minha prova dos 200m livre porque eu quero ganhar essa medalha com os meninos”, disse Nicolas.
No Rio, a principal novidade da natação será a disputa das finais na parte noturna, a partir das 22h. Com isso, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) preparou uma adaptação especial aos nadadores na reta final de preparação, que incluiu realizar as principais atividades diárias com 3 horas de “atraso”.
Nicolas garante que o processo está sendo tranquilo, já que ele voltou aos tempos de infância: “A sensação é como se agente voltasse a ser moleque. Podemos ir dormir tarde, ir pra cama às 2h da manha e acordar tarde. Está sendo um sonho de criança. Acordar às 11h, almoçar às 15h, jantar às 23h30. Estou s super tranquilo com adaptação”, contou.
Veja abaixo a entrevista completa:
Portal da Band – Como foi a decisão de abandonar uma prova individual para competir no revezamento?
Nicolas Oliveira – O programa olímpico é muito diferente para quem nada crawl. O revezamento 4x100m é no mesmo dia dos 200m livre e o revezamento 4x200m livre é no mesmo dia dos 100m. É um programa bem carregado. A gente está muito empolgado com o revezamento 4x100m. Vai ser uma surpresa muita agradável para o Brasil. Abri mão da minha prova dos 200m livre porque eu quero ganhar essa medalha com os meninos.
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Como está a adaptação para as provas noturnas na chamada “clínica do sono”?
A gente está se adaptando aos poucos. A sensação é como se agente voltasse a ser moleque. Podemos ir dormir tarde, ir pra cama às 2h da manha e acordar tarde. Está sendo um sonho de criança. Acordar às 11h, almoçar às 15h, jantar às 23h30. Estou s super tranquilo com adaptação.
A suspensão dos russos Vladimir Morozov e Nikita Lobintsev aumentam as chances do Brasil no revezamento?
Para a gente, a resposta politicamente correta é que não muda nada. Vamos ter que nadar forte do mesmo jeito. Com ou sem eles. Mas se a gente for olhar friamente, diminuiu a chance de um país que brigaria com a gente. Não sabemos quem irá substituí-los, mas são dois caras de ponta, os dois melhores tempos da Rússia no revezamento.
Como está ansiedade para disputar uma Olimpíada no Brasil?
Estou muito tranquilo. Essa é minha terceira Olimpíada e nunca estive tão tranquilo. Logico que chegando lá vai dar um frio na barriga, isso faz parte. Mas estou me divertindo. O Brasil está precisando muito de um exemplo. Precisando de um pouco de orgulho. Está todo mundo de cabeça baixa pelas coisas que estão acontecendo no país. Eu carrego essa responsabilidade dentro de mim, de poder dar esse tipo de orgulho e de prazer para povo. Carrego isso com muita honra.
O que espera que os Jogos Olímpicos deixem de legado ao país?
O que a gente mais espera dos jogos é aproveitar a estrutura. Espero que as obras que foram feitas realmente possam ser usadas depois. Torço muito para que isso incentive mais gente a praticar o esporte. Acho que a Olimpíada não é só para atleta de ponta. Uma das coisas que eu acho que a gente tem que deixar de legado é incentivar as crianças a praticar o esporte. Aproximar o brasileiro de outros meios esportivos e não só o futebol.
