Esporte

O dia que Muhammad Ali esteve em Porto Alegre

Foi na zona norte de Porto Alegre que Muhammad Ali passou a maior parte das horas em que esteve em Porto Alegre. A lenda do boxe, que morreu na sexta-feira passada, esteve na capital gaúcha em abril de 1987 para fazer investimentos em uma fábrica de automóveis para revendê-los no exterior.

ANÚNCIO

Após passar alguns dias em Curitiba, onde visitou a fábrica da Puma, Ali chegou em Porto Alegre para negociar a compra de carros Miura, mas o negócio não foi fechado. O ex-boxeador passeou pela avenida Sertório em um modelo Targa conversível. À noite, foi a uma churrascaria da região.

“Ele chegou num dia e foi embora noutro. É difícil achar um cara com essa fama que seja tão gentil quanto ele”, relata Itelmar Gobbi, um dos sócios da Miura, fábrica fechada no começo dos anos 1990.

Seu sócio, Aldo Besson, foi quem teve a honra de andar de carro com Ali. O negócio, porém, não foi concretizado.

“Não fechamos, pois ele não sabia o que precisava para projetar o negócio. Ele financiava, mas não era ele quem iria comprar os carros”, explica Gobbi, que na sua memória acredita que Ali esteve na cidade no começo dos anos 1980, entre 1981 e 1982. O que importa é que Ali esteve aqui.

Itelmar Gobbi

Ali buscava investimentos na cidade | Michael Fresco/Evening Standard/

Ex-sócio da Miura relata como foi a passagem de Ali por Porto Alegre.

ANÚNCIO

O que Ali veio fazer aqui?
Ele veio começar uma conversa para iniciar um negócio. Veio verificar condições. Veio com uma comitiva. A gente fez ele ver o que era o negócio. Mostramos os prós e os contras.

Por que não deu certo?
Ele não sabia que era preciso ajeitar o negócio. Não íamos vender sem ter a garantia que lá o carro teria assistência técnica e peças. Não queríamos queimar o nome do carro. Ele era uma boa pessoa, mas tinha gente com ele que dava opinião.
O que ele achou do carro?
Ele gostou muito. Ficou muito entusiasmado. Estava feliz por estar aqui.

Como ele era?
Difícil achar um cara com essa fama que seja tão gentil como ele. Deu autógrafos para todos. Para mim, escreveu nossos nomes dentro de um ringue. Foi sensacional. Parecia que ele estava aqui há anos. Ele era um baita sujeito. Valter Junior

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias