A família real britânica, liderada pelo Rei Charles III, terá um aumento significativo em suas finanças neste ano, recebendo £45 milhões (aproximadamente R$ 325 milhões) adicionais. Esse incremento se deve ao lucro recorde gerado pelas propriedades da Coroa, impulsionado principalmente pelos parques eólicos offshore, dos quais a realeza é proprietária da maior parte da costa do Reino Unido.
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Em 2024, as propriedades da Coroa registraram um lucro impressionante de £ 1,1 bilhão (R$ 8 bilhões), mais que o dobro do resultado do ano anterior, que foi de £ 442 milhões (R$ 3,2 bilhões). Dessa quantia, £ 86 milhões (R$ 620 milhões) serão destinados diretamente à família real. Este montante será utilizado para cobrir diversas despesas, incluindo a manutenção de palácios, salários de empregados e viagens.
Investimentos e destinação dos lucros
Os lucros gerados pelas propriedades da Coroa não são de propriedade da família real, mas sim do governo britânico, que os direciona para o tesouro nacional. No entanto, uma parte desses ganhos é repassada anualmente à realeza para o financiamento de suas atividades e manutenção de seu estilo de vida. Neste ano, a verba será utilizada para a aquisição de dois novos helicópteros e para a reforma do Palácio de Buckingham.
O aumento no lucro da Coroa foi puxado principalmente pelos aluguéis pagos por empresas que operam parques eólicos na costa britânica. Este setor tem crescido significativamente como parte dos esforços do Reino Unido em reduzir sua dependência de combustíveis fósseis. Apesar do sucesso atual, há uma previsão de que esse lucro pode não se sustentar a longo prazo, devido à queda prevista nos valores dos aluguéis das turbinas após um período de três a dez anos, conforme estipulado nos contratos.
Desde a aprovação de uma lei em 2004, durante o governo de David Cameron, a Coroa passou a lucrar diretamente com a energia eólica offshore. Diferentemente da exploração de gás e petróleo, administrada pelo governo britânico desde 1934, a exploração de energia eólica permite que a realeza britânica beneficie-se diretamente dessa fonte de receita.
Fonte: Folha UOL