Sentado com seus pais em um sofá no Red Bull Station, centro de São Paulo, Rincon Sapiência olha atento para o público ao redor. É a primeira audição de seu novo álbum, “Mundo Manicongo: Dramas, Danças e Afroreps”, e ele busca nos convidados reações às suas 13 músicas inéditas.
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O disco, lançado nesta segunda-feira (25) nas plataformas de streaming, mescla a sonoridade que consagrou o artista no trabalho anterior, “Galanga Livre” (2017), com um pop mais contemporâneo e dançante.
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Tudo carregado, claro, pelas influências da cultura africana, em ritmos como o afrobeat, o afrohouse, e o dundunba. “É um disco muito melódico, mas em algumas faixas eu também fiz questão de trazer a cultura do MC, das linhas”, conta.
Essa mistura também está nas letras, que revezam entre os prazeres do pertencimento negro e as críticas afiadas ao racismo. “Eles vão achar que é gandaia, eu vou dizer que é legítimo”, canta em “Meu Ritmo”.
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Para apresentar seu mundo “manicongo”, como eram chamados os reis do Congo entre os séculos 14 e 19, Rincon buscou estúdios Brasil afora, e gravando em cidades como Lisboa, em Portugal, e Praia, capital de Cabo Verde.
Para engrossar ainda mais o caldo, o rapper também recheou o álbum com participações especiais. Elas estão em oito faixas, com destaques para Mano Brown em “Não Sei pra Onde” e Rael em “Me Nota” – com clipe que acompanha o lançamento.
E, fechando o registro, “Primeiro Volante” retoma os versos livres de sucessos como “Ponta de Lança” e “Afrorep”. “É como o pouso da nave depois de uma longa viagem.”