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Em tom de protesto, Elza Soares apresenta novo disco no Balaclava Fest

Jorge Hely/Folhapress

Incansável, cheia de vontade para cantar um desgastante Brasil que tanto ama. Elza Soares gostaria de fazer declarações mais felizes a seu país, mas para ela, o momento é de protestar e esse é o tom de seu mais novo trabalho, “Planeta Fome”, recém-lançado, e que será apresentado no domingo (13), dentro do Balaclava Fest.

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Após dois discos de muito sucesso ao lado do produtor Guilherme Kastrup, Elza escolheu dessa vez Rafael Ramos para ajudá-la a embalar as 12 faixas de seu novo trabalho. Musicalmente, as faixas são menos rock e mais amplificadas em ritmos.

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Nas letras, a revolta por um lugar melhor para se viver. “Fico triste por ainda ter que cantar sobre isso… Esse país tão maravilhoso e acolhedor, um país de amor. E vejo todos calados, aceitando tudo de ruim de boca aberta. Aonde vamos para com isso? Mas também fico contente por Deus ter me dado essa voz e o direito de poder falar alguma coisa, ainda”, conta a cantora.

Imediatamente ela relembra “Comportamento Geral”, lançada por Gonzaguinha em 1973 e que aqui ganha uma versão reggae. “Vivemos a mesma coisa daquela época. Talvez pior, porque o povo está calado. Naquela época estávamos na rua”, enfatiza, cantando os versos clássicos: “Você merece/você merece/Tudo vai bem, tudo legal”.

Meu sonho é cantar um país com saúde e não um país doente. Um lugar com educação, que forme cidadãos. Isso, mas sem sonho. Quero cantar a real”, diz.

O disco ainda conta com outra música de Gonzaguinha, “Pequena Memória Para Um Tempo Sem Memória”, “Brasis”, de Seu Jorge, e algumas participações, como BNegão, em “Blá Blá Blá”.

O show de “Planeta Fome” foi lançado no Rock in Rio na última semana e a apresentação do próximo domingo deve ser baseado no novo projeto, mas com destaque também para “A Mulher do Fim do Mundo” (2015) e “Deus É Mulher” (2018).

Festival terá Shame, Kelela, Boogarins, entre outros

Além de Elza Soares, que será headliner, o line-up da décima edição do evento ainda tem o grupo experimental Battles, o folk de Ryley Walker, o pós-punk do Shame, Papa M – projeto de David Pajo, do Slint –, e Kelela, cantora de R&B com influências da música eletrônica.

A lista conta também com brasileiros, como os psicodélicos Boogarins, e Ayie, novo projeto da baterista Larissa Conforto.

A programação será dinâmica, como nos anos anteriores, dividida em dois palcos.

Serviço

Na Audio (av. Francisco Matarazzo, 694, Água Branca). Domingo (13), a partir das 16h; De R$ 95 a R$ 290, no site da Ticket 360.

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