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Lollapalooza: Brasileiros se destacam em edição marcada por chuvas

Greta Van Fleet, que tocou no domingo, foi das poucas bandas que empolgou com rock Santiago Bluguermann/Getty Images (Santiago Bluguermann/Getty Images)

Depois de uma tarde de chuva e caos que forçou a paralisação do Lollapalooza por duas horas, no último sábado (6), devido ao risco de incidência de raios, o evento encerrou neste domingo (7) sua oitava edição brasileira, no Autódromo de Interlagos, consolidando a predominância do hip-hop e uma presença ainda mais significativa de artistas nacionais.

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Em 2018, 24 das 72 bandas do line-up eram de brasileiros. Este ano, foram 32 de 72. Pela primeira vez, aliás, uma das atrações principais do festival foi nacional, com os Tribalistas, na sexta-feira (5). Apesar da desconfiança quanto a participação de um grupo com verve de MPB em meio a um festival de rock, o trio Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes segurou bem a plateia para o Arctic Monkeys.

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Outros shows brasileiros de destaque foram os da Scalene, também na sexta, e as performances empolgantes de Letrux e Iza, na tarde de domingo.

O hip-hop foi outro ponto forte desta edição. O brasileiro Rashid teve o show interrompido pela chuva de sábado, mas Post Malone representou bem o gênero no fim do dia, mesmo com a recusa dele em se autodenominar de “rapper”.

O estilo também bateu forte ontem, com as apresentações de BK’ e Gabriel, O Pensador, além da principal atração do festival, o rapper Kendrick Lamar, que encerrou o evento ao mesmo tempo em que fez sua estreia no Brasil.

Quem esperava ver o artista pela TV, no entanto, ficou frustrado: o autor do premiado álbum “Damn” não autorizou a transmissão ao vivo de seu show pela TV paga.

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Entre os representantes do rock, o destaque ficou com a banda Greta Van Fleet, que fez no domingo sua estreia em São Paulo com direito a vários riffs e ode ao rock retrô – o que leva o grupo liderado por Josh Kiszka a ser acusado de plagiar o Led Zeppelin.

Apesar das intempéries de sábado, que forçaram o cancelamento de algumas atrações e o remanejamento do público, a estrutura do festival se saiu bem. Uma das grandes novidades deste ano foi um “open bar” de água – squeezes foram distribuídos gratuitamente para quem não tinha garrafa própria.

Embora cheio, o transporte público não teve grandes transtornos. A exceção foi na sexta-feira, quando as portas da estação Autódromo, da CPTM, foram fechadas pontualmente à meia-noite, mesmo com uma multidão de fora. A estação estava cheia e as composições demoraram mesmo para quem tinha passado pela catraca no horário.

Na volta, a linha especial de ônibus para o terminal Santo Amaro se mostrou uma opção melhor por ter filas bem menores.

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