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Estreia no Lollapalooza, BRVNKS fala sobre amadurecimento e o novo single ‘Fred’ — leia entrevista

Um projeto solo com dinâmica de banda — é como Bruna Guimarães define BRVNKS (lê-se «Brunks»), que foi apresentado ao público em 2016 com o EP «Lanches». Com quatro músicas em inglês e uma estética simples e juvenil, o lançamento logo emendou no primeiro show, primeiro clipe, e na conquista de ouvintes e fãs pela internet.

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Assim, as composições da cantora goiana chegaram a abrir shows internacionais, integrar grandes festivais brasileiros, e agora, ocupam o primeiro horário da sexta-feira (6) no Lollapalooza, no Autódromo de Interlagos em São Paulo.

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O Metro conversou com Bruna sobre o amadurecimento do projeto, seus últimos lançamentos, e o processo de criação das letras, do som e do visual da BRVNKS.

Como vocês se definem hoje — banda ou projeto solo? A Bruna assina as composições, mas como vocês tem dividido o resto do trabalho?

Funcionamos como uma banda, temos dinâmica de banda etc, porém é um projeto solo ao mesmo tempo. Além de compor todas as músicas, tudo que é feito na banda vem de ideias minhas. Estética, nome de música, de disco, clipe, foto, merch [produtos da banda], redes sociais, etc. E autonomia nas decisões, porém com a banda dando suporte em tudo sempre.

O EP lançado em 2016, “Lanches”, teve uma recepção já muito boa. Desde então, a sonoridade, o teor das letras ou mesmo o direcionamento da BRVNKS teve alguma mudança ou influência nova?

Acho que as influências são completamente diferentes agora.

Claro que não vamos mudar radicalmente, mas acho que é mais maduro mesmo, tá evoluindo e acho que só tem a evoluir com o passar do tempo, como eu não tinha background de música antes, acho que tô num caminho ótimo pra isso.

Chama atenção a pegada mais casual e cotidiana das letras – sobre «junk food», bebidas baratas, dramas românticos… Como é o processo de criação dessas letras? É espontâneo ou calculado?

As letras continuam simples, é uma coisa minha, não curto nada muito rebuscado. Não tem como ser calculado, é pessoal.

Eu escrevo coisas muito diárias e simples que é só minha forma de escrever mesmo. Fico meses sem fazer nada, não consigo compor com gente em casa por exemplo e do nada eu sento e escrevo alguma coisa em cinco minutos, gravo no celular e vira música, é sempre esse mesmo processo.

Essa simplicidade temática, acompanhada de uma identidade muito jovem, também vem na parte visual, nas imagens promocionais e capas. Como é pensada a identidade visual da BRVNKS?

É toda pensada por mim. Como é minha cara, meu nome, acho importante ter uma identidade que tenha a ver comigo, e que venha dos meus gostos. Claro que nada fica exatamente como a gente quer sempre, mas dou mais importância pra isso hoje em dia. Porque quando lançamos o EP eu imaginei que só meus amigos iam ouvir na internet então ligava zero pra essas coisas, hoje em dia me arrependo porque detesto a estética dele.

Eis uma pergunta que vocês devem ouvir muito, sobre o motivo de usar inglês como idioma nas músicas. Você, Bruna, sente mais dificuldade em se expressar em português? O inglês te permite ser mais sincera, mais emocional, ou então mais racional?

Eu acho que soa muito melhor pro nosso tipo de som uma letra em inglês ainda mais se a gente quer ter uma carreira fora. Acho besteira essa cobrança intensa sobre artista ter que escrever em português. Ninguém é melhor ou compõe melhor ou pior por ser português ou inglês, é só gosto, vontade, estética. Não escrevo em inglês porque «não consigo» escrever em português, não é um problema pra mim. Escrevo porque eu quero e acho que soa melhor nesse caso.

Eu pretendo escrever algumas coisas em português pro próximo disco.. Vai ser um teste, pra ver se vou curtir, se vai soar legal.

E como é a recepção do seu público sobre isso? Você já recebeu alguma crítica sobre usar o inglês?

Sim, sempre perguntam se não vai ter música em português, pra entenderem melhor a letra, etc, acho normal as pessoas quererem isso.

O seu próximo single, ‘Fred’, saiu na sexta-feira (29). Ela parece um pouco mais emocional, e talvez inspirada em algo que te afetou mais profundamente que algumas outras letras suas. O que tem de diferente, ou não, nesse single?

Sim, postei a história no meu Instagram sobre a música. Fiz pra um amigo que faleceu em 2016 e foi a música mais importante que eu já fiz.

Recebi muitas mensagens de pessoas que passaram o mesmo, que ficaram muito emocionadas, que se identificaram, que sentiram vários sentimentos bons e mistos e fiquei muito satisfeita com essa repercussão. Ele ia achar o máximo, com certeza.

Vocês tem planos de lançar um álbum compilando todos os lançamentos até agora?

Sim, lançaremos o ábum [«Morri de Raiva»] final de abril ou começo de maio, esse foi o último single antes do disco.

Por último, o que podemos esperar de vocês no Lolla?

Olha, não sei, não sou boa de criar expectativas (risos). Vai ser um show legal, vamos estar nervosos com certeza mas vai ser um momento foda, não sei o que esperar também ainda mas espero que seja divertido e que soe bem pra quem não conhece também, vamos dar nosso melhor. 

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