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Desenhos roubados há 14 anos voltam à Biblioteca Nacional

A Biblioteca Nacional recebeu de volta, na segunda-feira (3), três desenhos originais do artista alemão Keller-Leuzigner e uma litogravura do suíço Abram Louis Buvelot com o francês Louis Auguste Moreau. As peças tinham sido roubadas há 14 anos da instituição.

O furto foi obra do maior ladrão de peças raras da história do país, Laéssio Oliveira, que já cumpriu pena. Muitos crimes prescreveram e hoje, solto, ele colabora com a Polícia Federal, que tenta localizar obras roubadas de várias instituições de todo o país.

Segundo o delegado Paulo Teles, outras instituições podem ter sido vítimas do ladrão, como o Itamaraty, o Museu Histórico Nacional e até mesmo o Museu Nacional. “Temos uma lista com as obras furtadas e a possível origem. Mas isso vai depender de que a instituições façam a perícia dessas obras e confirmem essa origem ilícita”, revela.

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As peças devolvidas ontem tinham sido compradas pelo Itaú Cultural, que garante não ter tido ciência da origem ilegal das obras. A instituição alega tê-las comprado do pesquisador Ruy Souza e Silva. Em março, o Itaú Cultural já havia devolvido oito litografias originais da biblioteca. As 12 obras recuperadas faziam parte da coleção “Brasiliana Itaú”, que totalizava 110 itens.

Outras 41 obras adquiridas pela instituição tiveram análise inconclusiva e vão passar por nova perícia da Biblioteca Nacional, que vai verificar se pertencem ou não ao acervo público.

O pesquisador e curador da Biblioteca Nacional, Joaquim Marçal, comemora o retorno das peças, mas ressalta que o bandido danificou as peças numa tentativa de esconder sua origem. “As obras todas sofreram um trabalho radical de apagamento das suas marcas de propriedade. Foram arrancadas de suporte, raspadas, lavadas e branqueadas”, lamenta.

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