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Você costuma esquecer o que sonhou? A culpa pode ser dos seus genes

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Tem gente que lembra dos próprios sonhos de forma tão precisa que impressiona – o diretor italiano Federico Fellini, por exemplo, anotava e desenhava o que ele via durante a noite e usava isso de inspiração para criar seus filmes. Contudo, algumas pessoas não conseguem lembrar de nada do que viram pelas terras de Morfeu, e chegam a jurar, inclusive, que não sonham. Cientistas descobriram que essa esquecer ou não dos próprios sonhos pode ser culpa da genética.

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O estudo, realizado pelo Centro Biosystems Dynamics Research, no Japão, utilizou camundongos para analisar dois genes específicos, o Chrm1 e o Chrm3. Quando o primeiro era removido, o tempo do sono REM diminuía e se tornava mais fracionado. Já quando o segundo gene era retirado, o tempo do sono NREM que passava a ser reduzido, a um nível extremamente baixo. Por fim, quando ambos os genes eram desativados, os ratinhos não apresentavam quase nenhum sono REM.

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O sono REM é a última fase desse processo, a mais profunda e é quando ocorrem os sonhos. Já o sono NREM é a fase inicial, mais lenta e mais tranquila. Isso quer dizer que, desativando Chrm1 e Chrm3, os cientistas retiraram a capacidade dos camundongos de sonhar.

«A descoberta de que Chrm1 e Chrm3 desempenham um papel fundamental no sono REM abre o caminho para o estudo de seus mecanismos celulares e moleculares subjacentes. Também vai permitir que a gente defina o estado do sono REM, que tem sido paradoxal e misterioso desde o seu relato original», explicou o professor Hiroki Ueda, um dos responsáveis pela pesquisa.

A falta de sonhos não pareceu ter afetado a qualidade dos sonos dos camundongos. Isso pode ser diferente no caso dos humanos, mas os pesquisadores argumentam que o estudo pode mostrar como os sonhos talvez não tenham um propósito funcional. Ou seja, eles seriam apenas um subproduto do cérebro durante a fase REM do sono.

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