Aos 84 anos, o ator Stênio Garcia topou o desafio de viver um lutador que enfrenta um drama pessoal. Após 18 anos longe dos palcos, ele estreia neste sábado (18) a peça “O Último Lutador – Ringue da Vida”.
Para dar vida a Caleb, o experiente patriarca de um clã de lutadores que é diagnosticado com câncer e usa a arte marcial para tentar reunir os parentes, o artista relembrou os velhos tempos de caratê e até aprendeu a aplicar o golpe “anaconda” com o lutador de MMA Milton Vieira, o Miltinho.
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“Trouxe à tona o que pratiquei e me inspirei muito no Helio Gracie, que sempre usou a luta para unir a família”, diz ele. “E o bom do ator é não ter idade. Quanto mais velho, mais personagens intrigantes você vai encontrando.”
Na peça de Marcos Nauer e Teresa Frota, Caleb quer trazer de volta seu neto perdido (Marcos Nauer) e reaproximá-lo do pai (Antonio Gonzalez), um ex-alcoólatra que também não fala com seu outro filho (Daniel Villas) e com o irmão (Gláucio Gomes).
“O Caleb me faz pensar sobre a vida e a morte; é um homem no fim da vida procurando por lembranças de coisas que se desagregaram e que ele quer de volta como um último suspiro. Acho tão bonito!”, diz o ator.
Ambientada em um grande galinheiro, em referência às rinhas de galo, a trama serve de metáfora para nossos embates na vida.
A volta de Stênio Garcia aos palcos, onde ele iniciou como ator, é ainda mais especial porque ele está celebrando 60 anos de carreira.
“O teatro é o grande exercício para o ator. Quero chegar aos cem anos aqui, atuando”, conclui.
Serviço:
No Teatro Porto Seguro (al. Barão de Piracicaba, 740, Campos Elísios; tel.: 3226-7300). Estreia sábado (18). Sex. e sáb., às 21h; dom., às 19h. De R$ 30 a R$ 80. Até 31/7.