Em 1932, surgia no Brasil o movimento Frente Negra, dedicado a ampliar o debate em torno da igualdade e da participação da população afrodescendente na sociedade. Com a instalação do Estado Novo por Getúlio Vargas, em 1º de novembro de 1937, a agremiação foi extinta.
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“Luz Negra”, que a Cia. Pessoal do Faroeste estreia nesta terça-feira, retoma essas pautas ao reimaginar o que teria acontecido nesse dia no ambiente de uma associação de comunicação onde todos são negros e politizados, resgatando nomes históricos como o do advogado abolicionista Luiz Gama e de Abdias Nascimento, criador do Teatro Experimental do Negro.
“A gente mistura ficção e realidade e tenta trazer luz para esses personagens fantásticos que ninguém sabe quem são. É importante que os negros se vejam e os brancos respeitem esse lugar”, afirma o diretor e dramaturgo Paulo Faria, que contou com o trabalho de um coordenador histórico para reconstruir tais figuras.
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Presente no elenco de “Cine Camaleão” (2011) e “Homem não Entra” (2013) – outras duas peças do grupo em torno da Boca do Lixo – Mel Lisboa é a única branca em cena. Ela vive Vanda Marchetti, diva do cinema brasileiro nos anos 1960 e 1970.
“Todas as questões levantadas sobre o racismo fazem com que esse debate seja necessário e real. Gosto de trabalhar com o Paulo porque ele traz em seus espetáculos histórias e questões que não estão reveladas e que vão sendo rediscutidas”, afirma a atriz.
Serviço: Na Sede Luz do Faroeste (r. do Triunfo, 301, tel.: 3362-8883). Estreia nesta terça-feira. Ter. e qua., às 21h. O valor do ingresso é definido por cada um após a peça (R$ 40 mediante reserva). Até 4/3/2015.