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Petrobras e BNDES pulam fora e festival É Tudo Verdade terá edição enxuta em 2018

‘O Processo’ terá exibição especial no evento Divulgação

Prestes a abrir sua 23ª edição, o É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários sofreu um revés: dois de seus habituais patrocinadores federais deram para trás “na última hora”, conforme anunciado ontem por Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, na apresentação para imprensa dos filmes escolhidos.

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Petrobras e BNDES pularam fora e o Sesc entrou, mas a conta ainda não fechou: falta captar um terço dos R$ 3 milhões previstos no orçamento do evento, que acontece de 12 a 22 de abril em São Paulo e no Rio.Por conta disso, a edição será mais enxuta que o habitual, com a exibição de 55 filmes ante 82 títulos em 2017.

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“Será um festival um pouco menor, mas não menos vigoroso. Temos uma safra brasileira particularmente muito forte”, afirmou Amir Labaki, fundador e diretor do festival.

Serão 32 produções nacionais, entre curtas e longas. Segundo Labaki, a contundência das produções resvala, inclusive, na competição internacional, que terá três obras de diretores brasileiros na competição internacional: “Canções em Pequim”, de Milena de Moura Barba; “Naila e o Levante”, de Julia Bacha; e “Zaatari – Memórias do Labirinto”, de Paschoal Samora. “Esse é um sintoma de como [essa expansão] está, de fato, acontecendo, diz o diretor.

A abertura do evento em São Paulo, que acontece no dia 11/4, no Auditório Ibirapuera, terá a pré-estreia do documentário “Adoniran – Meu Nome É João Rubinato”, de Pedro Serrano. No Rio, a abertura fica por conta de “Carvana”, de Lulu Corrêa.

A homenagem da vez vai para a americana Pamela Yates, importante documentarista dedicada a questões de direitos humanos na América Latina. Ela virá ao evento, onde exibirá seus filmes e participará de debates.

Haverá ainda sessões especiais de três filmes, entre os quais se destaca “O Processo”, de Maria Augusta Ramos. Premiado pelo júri popular no último Festival de Berlim, o filme acompanha os bastidores do impeachment de Dilma Rouseff.

Entre as novidades do 23º É Tudo Verdade está a incorporação de novos espaços ao circuito de exibição, como o Instituto Moreira Salles e o Sesc 24 de Maio. A despeito da falta de patrocínio, todas as sessões permanecem com entrada gratuita.

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